GeeBee Sportster "D" - Balsa - Projeto

Aqui colocamos as fotos da construção de nossos modelos.
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Mac2
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Mensagem por Mac2 »

Rho,

Em relação às treliças tenho minhas dúvidas quanto a eficiência estrutural delas. Da forma como você montou, tenho a impressão que o veio da madeira está no mesmo sentido do veio das longarinas, diferentemente da forma como fazemos as shear webs. A principal função das almas (shear webs) é a de travar o cisalhamento e assim evitar a quebra das asas. As treliças funcionariam bem para evitar a torção das asas, mas isso já é feito, e muito bem, pelo chapeamento.

Posso estar falando uma tremenda besteira, mas é essa a ideia que tenho das shears webs.

Abs

Marco Aurelio
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Rho
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Caros amigos [b:89b5e9a5e6]Fabiano-Bono e Mac2[/b:89b5e9a5e6],

Alto nível e ideias úteis fluindo sem sofisma.... Eu adoro o Evoo!!!!

[quote:89b5e9a5e6][b:89b5e9a5e6]Fabiano-Bono[/b:89b5e9a5e6] - Perguntei sobre as áreas das superfícies pois já havia lido que alguns aeromodelos feitos de aviões reais, tipo um P-51D, respondem mal aos comandos quando em escala pequena. Procede?[/quote:89b5e9a5e6]

Procede sim, aeromodelos em escala 100% normalmente são críticos, isso é, em termos gerais. Não sou escalista, mas gosto que o aeromodelo pareça avião :) :) ...

Quanto a superfícies de comando, não costumo me basear pela escala, mas sim pelo que é prático e funcional.
Por exemplo os ailerons, em treinadores de +/- 160 cm, de kit's, ARF's e RTF's, que têm a extensão total do painel praticamente, medem de 3 a 3,5 cm. Podem conferir que é isso.
Pois bem, gosto de comando de ailerons, já cheguei a 5,5 cm, e dei conta de "domar o bichinho no ar". Neste caso em específico terá 4,5 cm; de novo, tudo que faço segue o mesmo "jeitão da madeira".

Leme e profundor seguirei o avião real, e estou na expectativa de como será a resposta em voo. Profundor, neste modelo de cauda curta, vou deixar uma posição de chave bem mansa, para não correr muitos riscos. Leme ???? é uma marca registrada do modelo e seja lá o que Deus quiser !!!!!!

[quote:89b5e9a5e6][b:89b5e9a5e6]Fabiano-Bono[/b:89b5e9a5e6] - Ainda sobre asas, vejo que sempre chapeia os bordos. Alguma razão além da estrutural?

[b:89b5e9a5e6]Fabiano-Bono[/b:89b5e9a5e6] - Acredito que a treliça vai funcionar muito bem, porém sua eficiência seria maximizada se estivesse entre longarinas e não colada na lateral.

[b:89b5e9a5e6]Mac2[/b:89b5e9a5e6] -Em relação às treliças tenho minhas dúvidas quanto a eficiência estrutural delas. Da forma como você montou, tenho a impressão que o veio da madeira está no mesmo sentido do veio das longarinas, diferentemente da forma como fazemos as shear webs. A principal função das almas (shear webs) é a de travar o cisalhamento e assim evitar a quebra das asas. As treliças funcionariam bem para evitar a torção das asas, mas isso já é feito, e muito bem, pelo chapeamento.[/quote:89b5e9a5e6]

Na minha curva de aprendizado de piloto de aeromodelos já derrubei muitos e muitos.... Asas tem apresentado avarias nos bordos de ataque, tipo afundamento, na maioria das vezes junto a fuselagem e nas extremidades onde ocorre o impacto com o solo.

Nos meus primeiros modelos não utilizava nada entre as longarinas principais, e deu muito certo. Foram exatamente estes modelos que mais lenharam e nada vi que justificasse a colocação dos [i:89b5e9a5e6]shear webs[/i:89b5e9a5e6]. Detesto colar [i:89b5e9a5e6]shear webs[/i:89b5e9a5e6], tenho preguiça, tenho dó das chapinhas gastas ($$$), demora um pouco, em fim qualquer coisa me deixa mais feliz que utilizar esse tipo de reforço!!!!!

Até que construí o segundo Spacewalker, o mais bonito de todos, e não voou por uma asa torcida, que fazia o modelo rolar, tornado-o muito instável. Fez um voo completo, mal decolou nas duas outras tentativas, resumo: avião, trabalho e dinheiro perdidos, além de uma dose enorme de frustração. Repito que a causa foi uma asa torcida.

Depois disso, passei a prestar muita atenção para que os painéis não empenassem. No caso do Speculus foi uma tortura para endireitá-los, muita água, muito soprador, grampeei eles em uma superfície lisa e consegui. Deu muito trabalho trazê-los na marra!!!!!

Recentemente, ensinando um amigo engenheiro civil construir uma asa do "meu jeitão", um dos painéis torceu e eu já comecei com a choradeira... Foi ele que analisando o movimento das longarinas mestras, colando apenas duas treliças daquele jeito fácil e simples que fotografei, com a asa na posição correta, e como mágica, o painel ficou retinho em segundos.

Depois pude perceber, em diversas plantas, que este sistema já é utlizado em muitos projetos há muito tempo!!! Eu é que não havia dado a devida atenção, nem mesmo sabia da importância prática das treliças colocadas deste modo. Pouco se cria e muito se copia :D!!!!!!!

A título de curiosidade este engenheiro levou uma treliça destas para teste em seu laboratório de trabalho e a mesma suportou 18 kg antes de romper e rompeu na cola!!!!!. Fácil, rápido, barato, resolveu meu único fantasma com asas, [b:89b5e9a5e6]está sacramentado[/b:89b5e9a5e6], é assim que eu faço para esse tipo de modelo e envergadura

Vale ressaltar que este ocorrido foi com o chapeamento em "C" já feito, e mesmo assim torceu :(.

Quanto ao sentido dos veios dos [i:89b5e9a5e6]shear webs[/i:89b5e9a5e6] e das treliças são mesmo diferentes, por termos operacionais e teóricos. No caso dos [i:89b5e9a5e6]shear webs[/i:89b5e9a5e6] devem ser perpendiculares as longarinas mestras. Já no caso das treliças, o que ocorre na torção é que as longarinas tandem a correr longitudinalmente em sentidos opostos e a treliça colada do modo que vocês viram nas fotos, não deixam que isso ocorra pois a balsa não esticará (lembrem dos 18 kg)!!!

Assim sendo, nem penso duas vezes, com a asa no local, antes de passar para a "parte de baixo" coloco as treliças, em todos os [i:89b5e9a5e6]slots[/i:89b5e9a5e6], excetuando-se o local do gabarito do diedro, onde travo com os famigerados [i:89b5e9a5e6]shear webs[/i:89b5e9a5e6]..

Como teoria poderia ainda complementar ilustrando que há várias formas de estruturação de uma asa com longarinas mestras superior e inferior.

1. sem fechamento algum;
2. fechamento em "C";
3. fechamento em "D" - [i:89b5e9a5e6]shear webs[/i:89b5e9a5e6];
4. fechamento em "8"

Isso em ordem progressiva de resistência, certamente o mais resistente não é necessariamente o mais eficiente!!!!

[quote:89b5e9a5e6][b:89b5e9a5e6]Fabiano-Bono[/b:89b5e9a5e6] - Sobre os detalhes da planta, não vi cavernas ainda. Existe alguma relação de número/distância de cavernas como nas asas?

Outra dúvida é quando escolher fuselagem chapeada ou varetada. Imagino que esse seu GeeBee que é arredondado funcione melhor com fuselagem varetada. Faz sentido?

Sobre os detalhes da planta, não vi cavernas ainda. Existe alguma relação de número/distância de cavernas como nas asas? [/quote:89b5e9a5e6]

Minhas fuselagens também seguem um padrão bastante semelhante de uma para outra.

1. Chapas laterais, geralmete de 3 mm, só foram varetados o primeiro Telemaster e a primeira fuselagem do Rhoevoo. Na minha opinião o trabalho não compensa o alívio de peso. Chapas laterais são mais resistente que o esquema de varetas e treliças. Neste caso em particular e propositalmete, o GeeBee modelo D não é tão arredondado que justifique uma fuselagem toda varetada. Seu dorso arredondado será varetado, apenas por questões estéticas e de acabamento. Se eu fosse construir um Piper, ou mesmo um Kadett Senhorita, acho que não seriam varetados. Sei que vou tomar vaia por esta afirmação, mas lembrem: sou preguiçoso!!!!!! Por isso nem me meto em fazê-los!!!!!!

2. Duas cavernas, uma no bordo de ataque, ou no ponto de fixação anterior da asa (no caso de asas chanfradas, como a do Super Decathlon e do Spacewalker) e a outra no bordo de fuga. Estruturalmete ainda somam-se a parede de fogo, que faço geralmete com compensado moveleiro de 3,8 mm duplo, colados com epoxi e veios cruzados. E finalmente a mesa da bateria, que faço com compensado também. Essas estruturas no nariz, somadas a caverna do bordo de fuga são sempre o meu ponto de partida.

[quote:89b5e9a5e6][b:89b5e9a5e6]Fabiano-Bono[/b:89b5e9a5e6] - A segunda sugestão é experimentar o sistema de ímãs que é muito limpo e prático. Pelo seu tipo de construção, você vai adorar! [/quote:89b5e9a5e6]

Estou de olho para adquirir este sistema, qual você possui? O de quantas peças? E ainda: pediu pela internet mesmo?

E a base de metal, qual você utiliza e como posso arrumar uma para mim?

Desculpem-me se me emploguei e escrevi uma resposta tão longa.
Anexos
Tipos de fechamento de asas por chapeamento.
Tipos de fechamento de asas por chapeamento.
fechamentos.jpg (22.51 KiB) Exibido 11558 vezes
Treliças coladas nas longarinas para evitar torção dos painéis. Note que na torção a tendencia é de que as longarinas deslizem sem sentido contrário uma sobre a outra. No sentido da seta pode-se perceber que a treliça esquemática de mesma cor trava o desl
Treliças coladas nas longarinas para evitar torção dos painéis. Note que na torção a tendencia é de que as longarinas deslizem sem sentido contrário uma sobre a outra. No sentido da seta pode-se perceber que a treliça esquemática de mesma cor trava o desl
torção.jpg (15.67 KiB) Exibido 11558 vezes
Voltando aos poucos.....
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Mac2
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Mensagem por Mac2 »

Legal Rho,

Muito bem explicado. Agora estou "encafifado" com essas torções que acontecem na montagem das asas. Em que momento da montagem elas acontecem?

Ainda não tive o desprazer de passar por isso, mas é um dos meus maiores receios pois sei que se isso acontecer, a asa vai para o lixo.

Cheguei a consertar uma asa que estava empenada, mas isso foi antes de chapear e colocar as shear webs. Consegui travar o alinhamento com as shear webs

A minha cisma com as treliças era justamente na superfície de contato com as longarinas, achei que seria pouca área colada, mas já que fez os testes e foram satisfatórios, não vou procurar "chifre na cabeça de cavalo".

Abs e obrigado pela explicação.

Marco Aurelio
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Rogerio Lima
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Mensagem por Rogerio Lima »

Muito bonito esse modelo amigo ... Parabéns pela escolha ... já escolheu o padrão de cores para a entelagem ... Acompanhando !!!
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Celso Santos
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Mensagem por Celso Santos »

Realmente o modelo é bem bonito e o tópico está ficando recheado de informações que não tem preço hehehe.

Esse avião lembra um pouco o modelo que estou querendo construir (desenhar a planta, ainda mais agora com
as dicas de nervuras e cavernas do tópico), um Yakovlev UT-1 que achei muito bonito.

Obrigado por compartilhar o conhecimento, continuo acompanhando.

Boa sorte na construção,

Celso Santos
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Fabiano-Bono
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Mensagem por Fabiano-Bono »

Rho,

Então, seu método é empírico e seu parâmetro são outros aeros, sem muita teoria ou fórmulas. Vi alguns teóricos que consideram 1/8 da corda para painéis de asa toda e 1/4 da corda+1/4 da envergadura para barn door em asa alta. O Mac me orientou usar no Seniorita entre 12 e 15% da área em cada semi-asa para barn door.

Quanto a treliça e shear webs, diria que todos funcionam bem, porém existem prós e contras em cada um dos sistemas. Assim como podemos fazer uma estrutura de aço com treliças, vigas ou cabos tensionados. Todos usam o mesmo material, mas o comportamento da estrutura é específico de cada modelo estrutural e será mais adequado a cada situação. Por exemplo, podemos fazer uma ponte tanto com treliças como com cabos tensionados. Na teoria dos esforços, o de tração é mais barato que o de compressão, flexão ou torção por precisar de menos material e seções mais esbeltas para vencê-la. O aço resiste tanto à tração como à compressão e a madeira dependo do tipo, dos veios, do tratamento e etc. A madeira, por não ser industrializada, não é tão fácil de prever o comportamento. Os esforços na asa de um aero são muito variáveis e hora a diagonal da treliça é solicitada para tração, hora para compressão e também torção. Se considerado isso, os shear webs resistem melhor, mas gastando mais material e mais peso para isso. Mas em geral não falamos de situações limites e ambos os sistemas tendem a ser suficientes se construídos corretamente. Agora, para falar com certeza, só muitos ensaios com os diversos esforços e vários corpos de prova/estruturas prontas.

Sobre a torção de asas, graças a deus aprendi antes de fazer as bobagens. O sistema de ímãs em superfície plana minimiza muito esse problema por segurar a peça até sua secagem completa. Obrigado por deixar o alerta.

Parece que varetar ou chapear a fuselagem é uma escolha pessoal então. O Seniorita mistura os conceitos pois a metade da frente é chapeada (ainda que tenham varetas também), enquanto a outra metade varetada e exposta com entelagem transparente.

Se entendi bem, as cavernas são determinadas pelos pontos críticos de apoio/esforço (parede de fogo, bordos, mesas e suportes para cauda). Se necessário, algum adicional para vãos grandes ou para manter a estética. Seria isso mesmo?

O sistema de ímas, após bastante pesquisa, comprei o da AirfieldModels. Você pode tanto comprar apenas os ímãs com chapas metálicas (as chapas triplicam a ação do íma. Não achei essas chapas no Brasil), como pode comprar o sistema completo com suportes para alinhamento vertical ou suportes para pressão vertical. O cara que faz é muito generoso é ensina como você mesmo fazer se não quiser comprar. Veja em:
http://www.airfieldmodels.com/information_source/how_to_articles_for_model_builders/tools/magnetic_building_board/order_magnetic_fixtures.htm
http://www.airfieldmodels.com/information_source/how_to_articles_for_model_builders/tools/magnetic_building_board/index.htm

Comprei somente 75 ímãs e pretendo comprar mais 75. Os suportes eu mesmo fiz. A chapa eu comprei em uma indústria de aço chamada Terra Perfilados em Brasília. Gastei apenas R$25,00 na chapa.

Acho que me empolguei também e escrevi pacas. :roll:

Posso continuar perguntando? :lol:
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Rho
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Continuando a construção da asa.

Mensagem por Rho »

Caros amigos [b:fbbb048f8c]Mac2, Rogerio Lima, Celso Santos e Fabiano-Bono[/b:fbbb048f8c]; muito obrigado pela participação.

As torções ocorrem quando a gente retira o painel da superfície plana de montegem e chapeia o lado inverço/ lado de baixo, do "C". Acredito que seja neste momento, uma vez que no restante está tudo fixo e certo no seu lugar....

O esquema de entelagem deverá ser no padrão tradicional, provavelmente azul/ branco. Pode ser que faça o mais comum, vermelho/ branco, pois os GeeBee's são mais conhecidos assim.

O avião russo é bastante semelhante, porém atenção com o nariz curto, dificulta o acerto do CG apenas com a bateria. Asas elípticas, essas são um desafio para o futuro.... Um dia desenho e construo um Lockheed Electra 10.....

Obrigado Fabiano-Bono pelos links, estarei e$$$tudando de compara o sistemas de ímas já para o proximo modelo.

Fiquem à vontade em perguntar, se é que o método empírico seja conveniente aos padrões de vocês.

Mas vamos ao progresso da construção, que está muito legal e andando de vento em popa!!!
Anexos
Teste do encaixe dos dois painéis.
Teste do encaixe dos dois painéis.
DSC00142.JPG (39.74 KiB) Exibido 11314 vezes
Demonstração de como é colado o gabarito do diedro. Esta peça, nesta posição, além de garantir o ângulo de diedro, auxilia na união dos painéis e é uma ótima maneira de se garantir que o modelo não bata asas. O modelo, para ter um voo estável, terá 5° de
Demonstração de como é colado o gabarito do diedro. Esta peça, nesta posição, além de garantir o ângulo de diedro, auxilia na união dos painéis e é uma ótima maneira de se garantir que o modelo não bata asas. O modelo, para ter um voo estável, terá 5° de
DSC00140.JPG (29.7 KiB) Exibido 11314 vezes
Gabarito do diedro, em compensado moveleiro de 3,8 mm.
Gabarito do diedro, em compensado moveleiro de 3,8 mm.
DSC00139.JPG (19.24 KiB) Exibido 11314 vezes
Close do slot por onde serão unidos os painéis, e por onde passa o gabarito do diedro.
Close do slot por onde serão unidos os painéis, e por onde passa o gabarito do diedro.
DSC00138.JPG (29.29 KiB) Exibido 11314 vezes
Berço do servo e do trem de pouso. Está está sendo uma novidade para mim, pois este é o primeiro modelo meu que terá os trens de pouso na asa. Reparem nas nervuras duplas (unidas com epoxi) que recebem as bases de caixeta para apoiar o trem de pouso. Como
Berço do servo e do trem de pouso. Está está sendo uma novidade para mim, pois este é o primeiro modelo meu que terá os trens de pouso na asa. Reparem nas nervuras duplas (unidas com epoxi) que recebem as bases de caixeta para apoiar o trem de pouso. Como
DSC00141.JPG (37.96 KiB) Exibido 11314 vezes
Nervuras extras para receber as bases dos trens de pouso. Serão unidas com epoxi, na célula correspondente ao locar do trem de pouso de cada lado. Bases de caixeta de 12 x 9 mm, por 10 cm (duas para cada lado).
Nervuras extras para receber as bases dos trens de pouso. Serão unidas com epoxi, na célula correspondente ao locar do trem de pouso de cada lado. Bases de caixeta de 12 x 9 mm, por 10 cm (duas para cada lado).
DSC00137.JPG (38.06 KiB) Exibido 11314 vezes
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Mac2
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Mensagem por Mac2 »

Rho,

Suas construções sempre foram inspiração para mim e muito do que sei aprendi com elas e o método empírico foi o que mais usei até agora, apesar de ter um "quase engenheiro mecânico" em casa, quase nunca ele tem tempo e disposição em ajudar-me.

Em relação ao berço do trem de pouso, eu estou fazendo com um sanduiche de compensado (três camadas, totalizando 9 mm) e com um furo para o travamento do arame. Os reforços nas nervuras eu faço com compensado. Acho que tenho mania de super dimensionar os materiais.
[img:cb15ce76dc]http://www.e-voo.com/forum/files/20120208_014853_737.jpg[/img:cb15ce76dc]
[img:cb15ce76dc]http://www.e-voo.com/forum/files/20120208_113359_190.jpg[/img:cb15ce76dc]
[img:cb15ce76dc]http://www.e-voo.com/forum/files/20120208_113412_222.jpg[/img:cb15ce76dc]
[img:cb15ce76dc]http://www.e-voo.com/forum/files/20120208_113445_159.jpg[/img:cb15ce76dc]

E no tucano que os trens serão pneumáticos, sigo o mesmo esquema, só que com dois berços para fixação do mecanismo:
[img:cb15ce76dc]http://www.e-voo.com/forum/files/20120417_225823_136.jpg[/img:cb15ce76dc]

Talvez uma possível solução para resolver este problema da torção, seria fazer pezinhos nas nervuras em ambos os lados. Vi este recurso em uma planta do Super Sportster 40 MKII da Great Planes (algo como na imagem abaixo).

Bom, senta a bota na construção que cada post seu é uma aula para mim.

Abs

Marco Aurelio
Anexos
nervuras.jpg
nervuras.jpg (14.89 KiB) Exibido 11303 vezes
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Fabiano-Bono
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Mensagem por Fabiano-Bono »

Rho,
Construção exemplar, como sempre. Explicações idem.

Desculpe se a forma como me expressei pareceu criticar o empirismo. Diria que é muito pelo contrário. Tenho alguma base teórica, mas essa não tem sido suficiente para aprender e entender os projetos de aeromodelos. As dicas que você deu aqui me ensinaram muito mais do que venho conseguindo aprender em outras fontes. Desconfiava sobre algumas questões construtivas e suas explicações clarearam as coisas, me dando certezas. Por favor, continue compartilhando o que sabe da forma generosa que o faz.

Sei que são dúvidas de muito iniciante, mas vamos lá...
A madeira caixeta é a mesma da caixas de frutas e verduras?
Qual a diferença de compensado para compensado moveleiro? Ou são a mesma coisa?
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Rho
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Mensagem por Rho »

Grandes amigos e parceiros do tópico: [b:70e7a12b18]Mac2 e Fabiano-Bono[/b:70e7a12b18]

Caro [b:70e7a12b18]Mac2[/b:70e7a12b18],

Com relação a fixação do trem de pouso na asa eu ainda estou com dúvida se da maneira como fiz vai ser suficiente.

Digo isso em relação ao apoio do batente nas nervuras. Conversando com o Magrão (dos pastinhas da FlyMagrão) ele me orientou a fazer exatamente o que você mostrou: compensado de reforço na nervura em espelho e colar o batente rente na longarina mestra.

O fato de utilizar caixeta ou sanduíche de compensado não me preocupa, o sanduíche é mais forte, mas a caixeta aguenta sossegado (experiência dos kits [i:70e7a12b18]glow [/i:70e7a12b18]e dos meus próprios aviões). O furo para o travamento será utilizado por aqui também - obrigado pelo esquema do trem de pouso, eu recebi.

Estou mesmo apostando na caixa que vai virar o local depois de chapeado.

Construtores mais antigos aqui do campo me disseram que aguenta tranquilamente.

Repito, de tranquilo não estou nada. Não quis utilizar compensado pelo peso, e neste caso não dava pra colar rente a longarina...

Caro [b:70e7a12b18]Fabiano-Bono[/b:70e7a12b18],

Confesso que na primeira leitura o termo empírico me deixou desconfortável. Procurei pelo significado da palavra nos dicionários [i:70e7a12b18]on-line[/i:70e7a12b18] e percebi que não havia do que achar ruim.

Minha formação profissional é como médico (sou ginecologista e obstetra, nas horas vagas). E para nosso azar, em Medicina, empirismo relaciona-se a charlatanismo, curandeirismo, algo convencionado sem qualquer base documentada a fundo - superficial ou simples modismo.

Porém a definição geral é que empírico deriva de experiencia e observação. Que são totalmente aceitáveis pelos métodos científicos, apesar de sua simplicidade e pouca formosura. Realmente me orgulho de ser empírico.

Aproveitando a deixa, como você mesmo disse antes, aqui no Evoo existem forista que se excedem nas teorias, mandam a gente ir estudar e esquecem que o aeromodelismo é muito mais que este preciosismo de alguns metidos de plantão.

Será que as tais teorias não deveriam apenas confirmar o empirismo, ou melhor ainda, mostrar de modo mais fácil, prático, leve, barato, rápido, etc, maneiras de se fazer as coisas?

Poucas vezes, sim, mas por aqui muitas vezes não!!!!!

Daí como todo bom teimoso, estou hipertrofiando estas dicas práticas e me deixando guiar pelo senso comum. Só para não me transformar em mais um chato da patrulha Evoo.

Entre nós não há rugas, posso afirmar de minha parte que entendi perfeitamente sua colocação, e agradeço por suas perguntas.

Compensado moveleiro é compensado comum, utilizado amplamente nas marcenarias e fácil de encontrar. Eu comprei uma chapa inteira, que fica lá na marcenaria aqui perto de casa, feita com sumaúma (acho que é assim que se escreve) e tem 3,7 a 3,8 mm de espessura.

Caixeta é uma madeira clara, deve ser a mesma das caixas de frutas, e o nome caixeta deve ser por uso e não o nome correto da madeira. Nas marcenarias, perguntou por caixeta vão te falar na hora qual é, e melhor ainda te apontar uma pilha de sobras que para nós são verdadeiras maravilhas.
Voltando aos poucos.....
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