Morane Saulnier H de fibra
Enviado: Seg Out 23, 2017 5:13 pm
Boa tarde colegas,
Vou compartilhar a construção de um Morane Saunier H, um famoso avião esporte francês da década de 10, que ganhou vários prêmios e impactou o design de novos aviões na época. Abaixo uma foto de uma réplica:
Este garotão sempre esteve na minha lista de desejos. Pretendo utilizar uma planta pra balsa do Dom Martin (1983), feita para o motor .049 e envergadura de 39". Tenho boas referências desta planta, está relativamente original. Apenas o conjunto de cauda foi levemente aumentado, para garantir um voo adequado para 3 canais, o que vou manter pra não mexer na planta. O avião não possuia ailerons, o trabalho era feito por deflexão da asa, assim como o modelo dos irmãos Wright. Os planos de cauda também se moviam inteiramente. Isso foi um pouco alterado pelo Dom Martin, mas de uma forma leve. Outra modificação diz respeito ao deslocamento da asa para trás de forma a conseguir ajustar o CG devidamente, Pois no original a fuselagem era em tela, e era muito leve. O perfil da asa também foi alterado para o NACA 6409, pois o original era muito fino e frágil.
Pretendo fazer em Fibra (vidro e carbono) e sei que será difícil manter o peso para um avião tão pequeno, assim, reescalei a planta para uma envergadura na faixa de 140 cm. O que ainda é pequeno e não deixa muita margem no peso. Assim partirei pra algumas formas de construção que são novidade pra mim, embora já tenha feito várias construções utilizando moldes convencionais. Outras imagens:
Vou usar este modelo belga, pra ser a base do acabamento, que será em pintura. Vendo as maravilhas que o pessoal no RC groups faz usando a técnica do Lost Foam, imaginei um ponto de partida, assim:
1) Fazer o plug em P2 ou P3, Aplicar algum desmoldante que não agrida o Isopor (Cera, PVA,..);
2) Aplicar camadas de fibra de vidro;
3) Derreter o plug usando algum solvente (Acetona, Thinner,...).
Fiz o cowl do outro avião assim, e gostei do resultado. Mas achei que fica meio pesado e que funciona melhor para fuselagens cheias de curvas. Acho que superfícies planas de fibra acabam só tendo efeito estrutural em um eixo, no outro fica mole. A menos que se faça uma placa grossa, mas aí já não é fuselagem, é canhão...Pelo que tenho visto fica bom em superfícies curvas algo do tipo 3-4 camandas de fibra de 100 g/m2, o que é pesado. Em seguida imaginei outra forma de fazer:
1) Sobre o plug, fazer uma trama com rover de carbono e resina, em baixo-relevo, pra são alterar a altura das camadas de fibra;
2) Fazer exatamente igual ao caso anterior.
Assim tenho certeza que conseguirei usar menos camadas de fibra de vidro, pois já fiz vários modelos de barcos assim e fica muito bom, desde que o carbono seja aplicado tensionado, e o peso dele é mínimo e funciona como estruturas internas de sustentação. Outra forma que talvez fique melhor é assim:
1) Inicialmente é feita uma laminação de fibra com carbono, de umas 3 camadas de vidro de 100 g/m2 e os reforços de carbono, feito na prensa;
2) Em seguida são usinados os 4 lados da fuselagem, fazendo alívio de peso em cada face;
3) Em seguida é feita uma nova laminação, só que 1 camada apenas de fibra de 48 g/m2, e coloca-se por cima os lados usinados da primeira laminação, e coloca-se na prensa;
4) Por fim teremos os 4 lados da fuselagem, que são posteriormente colados juntos pra formar a fuselagem.
Este me parece o melhor de todos, pois a fuselagem é do tipo caixote, o que facilita isso. Usando a prensa o resultado final é de alto padrão, pois fica só o mínimo de resina e a fibra fica bem "amarrada". Se parece com as peças estruturais de helicópteros e multirotores. Uso assim pra fazer braços para servos de guincho rotativos de vela, de 20 kg. e também mesas de servos ultra leves e fortes. Pode-se assim fazer recortes nas faces da fuselagem, pra aliviar peso.
Outra vantagem do uso da prensa é que os lados ficam perfeitamente lisos, o que não acontece nos outros métodos, que necessitam de correções em massa/primer e lixa pra ficarem no ponto de pintura, e isso agrega muito trabalho e peso. O detalhe está na trama usual de um tecido de fibra qualquer:
Essas diferenças de altura entre a trama e a urdidura do tecido é que deixam a superfície rugosa. Usando prensa ou vácuo, a fibra é comprimida contra uma superfície lisa, o que "enxuga" qualquer excesso de resina e deixa o lado livre de bolhas e lustroso. Tenho um exemplo abaixo de uma peça que fiz assim, só que sem alívio, com carbono, colado em uma peça feita da mesma forma, só que em curva com vácuo, e fica muito firme e leve. Então acho que vai funcionar pra cá também:
Vou compartilhar a construção de um Morane Saunier H, um famoso avião esporte francês da década de 10, que ganhou vários prêmios e impactou o design de novos aviões na época. Abaixo uma foto de uma réplica:
Este garotão sempre esteve na minha lista de desejos. Pretendo utilizar uma planta pra balsa do Dom Martin (1983), feita para o motor .049 e envergadura de 39". Tenho boas referências desta planta, está relativamente original. Apenas o conjunto de cauda foi levemente aumentado, para garantir um voo adequado para 3 canais, o que vou manter pra não mexer na planta. O avião não possuia ailerons, o trabalho era feito por deflexão da asa, assim como o modelo dos irmãos Wright. Os planos de cauda também se moviam inteiramente. Isso foi um pouco alterado pelo Dom Martin, mas de uma forma leve. Outra modificação diz respeito ao deslocamento da asa para trás de forma a conseguir ajustar o CG devidamente, Pois no original a fuselagem era em tela, e era muito leve. O perfil da asa também foi alterado para o NACA 6409, pois o original era muito fino e frágil.
Pretendo fazer em Fibra (vidro e carbono) e sei que será difícil manter o peso para um avião tão pequeno, assim, reescalei a planta para uma envergadura na faixa de 140 cm. O que ainda é pequeno e não deixa muita margem no peso. Assim partirei pra algumas formas de construção que são novidade pra mim, embora já tenha feito várias construções utilizando moldes convencionais. Outras imagens:
Vou usar este modelo belga, pra ser a base do acabamento, que será em pintura. Vendo as maravilhas que o pessoal no RC groups faz usando a técnica do Lost Foam, imaginei um ponto de partida, assim:
1) Fazer o plug em P2 ou P3, Aplicar algum desmoldante que não agrida o Isopor (Cera, PVA,..);
2) Aplicar camadas de fibra de vidro;
3) Derreter o plug usando algum solvente (Acetona, Thinner,...).
Fiz o cowl do outro avião assim, e gostei do resultado. Mas achei que fica meio pesado e que funciona melhor para fuselagens cheias de curvas. Acho que superfícies planas de fibra acabam só tendo efeito estrutural em um eixo, no outro fica mole. A menos que se faça uma placa grossa, mas aí já não é fuselagem, é canhão...Pelo que tenho visto fica bom em superfícies curvas algo do tipo 3-4 camandas de fibra de 100 g/m2, o que é pesado. Em seguida imaginei outra forma de fazer:
1) Sobre o plug, fazer uma trama com rover de carbono e resina, em baixo-relevo, pra são alterar a altura das camadas de fibra;
2) Fazer exatamente igual ao caso anterior.
Assim tenho certeza que conseguirei usar menos camadas de fibra de vidro, pois já fiz vários modelos de barcos assim e fica muito bom, desde que o carbono seja aplicado tensionado, e o peso dele é mínimo e funciona como estruturas internas de sustentação. Outra forma que talvez fique melhor é assim:
1) Inicialmente é feita uma laminação de fibra com carbono, de umas 3 camadas de vidro de 100 g/m2 e os reforços de carbono, feito na prensa;
2) Em seguida são usinados os 4 lados da fuselagem, fazendo alívio de peso em cada face;
3) Em seguida é feita uma nova laminação, só que 1 camada apenas de fibra de 48 g/m2, e coloca-se por cima os lados usinados da primeira laminação, e coloca-se na prensa;
4) Por fim teremos os 4 lados da fuselagem, que são posteriormente colados juntos pra formar a fuselagem.
Este me parece o melhor de todos, pois a fuselagem é do tipo caixote, o que facilita isso. Usando a prensa o resultado final é de alto padrão, pois fica só o mínimo de resina e a fibra fica bem "amarrada". Se parece com as peças estruturais de helicópteros e multirotores. Uso assim pra fazer braços para servos de guincho rotativos de vela, de 20 kg. e também mesas de servos ultra leves e fortes. Pode-se assim fazer recortes nas faces da fuselagem, pra aliviar peso.
Outra vantagem do uso da prensa é que os lados ficam perfeitamente lisos, o que não acontece nos outros métodos, que necessitam de correções em massa/primer e lixa pra ficarem no ponto de pintura, e isso agrega muito trabalho e peso. O detalhe está na trama usual de um tecido de fibra qualquer:
Essas diferenças de altura entre a trama e a urdidura do tecido é que deixam a superfície rugosa. Usando prensa ou vácuo, a fibra é comprimida contra uma superfície lisa, o que "enxuga" qualquer excesso de resina e deixa o lado livre de bolhas e lustroso. Tenho um exemplo abaixo de uma peça que fiz assim, só que sem alívio, com carbono, colado em uma peça feita da mesma forma, só que em curva com vácuo, e fica muito firme e leve. Então acho que vai funcionar pra cá também: