Das Ugly Stik - 58 anos do Clássico - .61 Glow/

Aqui colocamos as fotos da construção de nossos modelos.
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Andre Mauricio
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Das Ugly Stik - 58 anos do Clássico - .61 Glow/

Mensagem por Andre Mauricio »

Me afastei um pouco do hobby porque algumas questões não estavam me fazendo muito bem para a cabeça. Vendi muita coisa, abandonei alguns projetos e fiquei só com meu Gaui X5 voando sozinho nos matos perto de casa. De certa forma, me afastar das pessoas do hobby me fez bem. Mas entrei de férias e o bicho da construção falou mais alto. Decidi arrumar uma dor de cabeça para as 3 semanas de férias agora em janeiro. Precisa ser um modelo simples e de construção rápida, para que toda a estrutura de madeira esteja concluída até o fim das minhas férias. Nada melhor que o clássico Stick. Mas, antes de adentrar na construção, vamos ver um pouco de história.

O Ugly Stick é o mais tradicional e conhecido aeromodelo de todos os tempos. Já tive alguns, de tamanhos e materiais diferentes, e gostei de voar e construir todos. Simples, barato e ótimo voador. Foi desenhado por Phil Kraft em 1964 e teve maior divulgação a partir de 1966; este ano o projeto completa 58 anos de idade.

No início da década de 60, o rádio controle era uma novidade no aeromodelismo. Os aviões e sistemas RC não eram comercializados em larga escala pelas lojas de modelismo, pois não habia produção em escala industrial. Os sistemas de rádio disponíveis na época eram de produção caseira, a grande maioria produzida por modelistas com algum conhecimento de eletrônica. Naqueles anos, para praticar RC, além de construir o modelo, era necessário construir também o sistema de rádio. Em decorrência dessas dificuldades, modelistas destruíam aviões aos montes.


Os primórdios do RC.

Phil Kraft (1926, EUA) foi um modelista que, frustrado com a falta de equipamentos de rádio confiáveis, em 1963 criou sua própria empresa para projetar e vender tais equipamentos, a Kraft Systems, Inc. logo se tornou uma das marcas mais confiáveis e populares no hobby. Além de projetista, Phil também era piloto, tendo competido e vencido alguns campeonatos.

Ao longo dos anos, Phil foi responsável pelo desenvolvimento de dezenove aeromodelos RC. A série Kwik-Fli é a mais famosa e influente, mas seu Ugly Stick ainda é bem conhecido. Phil também projetou, construiu e voou seu próprio modelo acrobático em escala real, o Super Fli.


Kwik Fli

Biografia de Phil Kraft: https://www.modelaircraft.org/sites/def ... ipPhil.pdf

Phil Kraft foi o pioneiro no controle de rádio proporcional e em 1964 projetou uma simples e robusta plataforma de testes que mais tarde ficou conhecida como Das Ugly Stik. Em 1966 ele publicou as plantas desenhadas por seu amigo George Walker na revista GRID LEAKS e, juntamente com seu amigo Jim Jensen, trouxeram um kit. Tanto o design quanto o kit rapidamente se tornaram famosos.


O artigo original de Phil.

O Ugly Stick foi criado com o propósito de ser uma plataforma de testes barata, de construção simples e dispensável, além de um treinador para os iniciantes na modalidade RC. Abaixo trago uma descrição mais detalhada dos princípios por trás do modelo, a adaptação do artigo original escrito por Phil para a revista GRID LEAKS, de 1966.

Das Ugly Stick

O conceito original do Ugly Stick era projetar uma aeronave controlada por rádio que pudesse ser construída no menor tempo possível. Seu objetivo era ser um banco de teste de voo para desenvolvimentos de novos sistemas de controle proporcional, e um avião comercial versátil que pudesse ser usado como empréstimo para aviadores visitantes, teste de equipamentos reparados e qualquer uso que demandasse um avião que pudesse ser considerado dispensável.

Na forma original, o Ugly Stick era completamente quadrado, todas as superfícies eram meramente cortadas em tamanhos padrão de madeira, sem curvas ou babados. Os planos foram concluídos em uma tarde de domingo, há cerca de dois anos. Uma visita à nossa loja local de hobby foi feita aproximadamente às 4:30 para comprar a madeira e outros materiais necessários. Após tirar um tempo para o jantar de domingo, a estrutura estava concluída por volta das 10:00 da noite. Mais duas noites foram necessárias para entelagem e aplicação do dope e, na quinta-feira daquela semana, o avião voou pela primeira vez.

Obviamente, não demorei muito para lixar ou pintar. Este seria um avião utilitário dispensável. Com os designs funcionais mais simples, o Ugly Stick provou ser um excelente voador. Era extremamente estável, muito fácil de voar e bastante capaz de desempenho em competições. Não tenho certeza de quem utilizou o nome Ugly Stick pela primeira vez, mas quem quer que seja, certamente aplicou um nome descritivo. Onde quer que ele tenha voado, eu era alvo de muita brincadeira sobre ter desenvolvido um avião ainda mais feio que o Kwik Fli. Havia também muitos pedidos de planta, em particular entre os recém-chegados ao rádio controle que desejavam um avião fácil de voar, robusto e flexível para aprender - o que certamente é.

Havia em seu design quadrado inicial algo sugestivo de uma aeronave típica da Primeira Guerra Mundial. Com alguns rabiscos variados nos planos, nós criamos um design que lembra vagamente o Fokker Eindecker. Os resultados talvez não tenham sido menos feios, mas renderam para produzir um design com certo charme e apelo. Certamente, isso nunca deixa de chamar a atenção dos espectadores do campo de aviação local.

Em termos de desempenho, é claro que não pode ser classificado como um modelo de Classe III totalmente competitivo. No entanto, certamente é capaz de vencer concursos nas mãos de um bom aviador. Embora o design não tenha sido muito usado para competição, ele ganhou vários créditos na Classe III. Sua principal virtude é ser um treinador para o iniciante no controle proporcional. Sempre achei uma perda de tempo para novatos em nosso hobby gastar mais de cem horas em um elaborado projeto de Classe III para aprender. Inevitavelmente, a menos que os iniciantes tenham um talento extraordinariamente incomum, eles terão acidentes menores ou maiores devido a erros de aprendizagem. Portanto, o Ugly Stick se encaixa perfeitamente nos requisitos como treinador. É tão simples quanto possível de construir, como afirmado antes, é robusto e muito fácil de voar.

Para aqueles que desejam apenas um treinador dispensável, os ailerons, o elevador e o leme arredondados podem ser dispensados e uma construção simples e direta pode ser usada. No entanto, os detalhes para construir no estilo avião alemão da Primeira Guerra Mundial acrescentam apenas uma hora ou mais para construir e criam uma aparência bastante nova.

A construção é tão simples que poucas instruções detalhadas são necessárias. A qualidade da madeira usada não é particularmente crítica, pois o peso de voo pode variar de 5 ¼ a 6 ½ libras sem afetar o desempenho materialmente. Na verdade, o Ugly Stick voa bem por volta de 6 libras usando motores .56 a. 60. Isso dá um voo animado.

A fuselagem é absolutamente reta e plana na parte inferior. O primeiro passo na construção deve ser cortar a folha inferior de compensado de 3/32” conforme indicado nas plantas. Por isto em uma superfície de trabalho plana, junto com a tábua de balsa inferior de 3/32” que é emendada ao compensado. Os lados da fuselagem são cortados de uma folha de balsa de ¼", bem como as anteparas, com exceção da parede de fogo construída em compensado de ¼". Cimente as anteparas na folha inferior, apenas posicione as laterais da fuselagem contra as anteparas e a folha inferior. A parede de fogo deve ser protegida com uma aplicação generosa de epóxi para reforço.

O estabilizador, o profundor e o leme podem ser cortados em balsa macia de ¼”, embora seja preferível usar a o método de construção mostrado. O profundor pode ser instalado durante a construção da fuselagem, se sua superfície de trabalho for grande o suficiente para acomodá-la plana contra o revestimento inferior. A construção é projetada de forma que a fuselagem possa ser concluída, incluindo montagens de servo, estabilizador e leme, tudo em uma única etapa.

A asa não tem diedro e as nervuras são planas da longarina inferior para a traseira. Portanto, nenhum gabarito é necessário e a asa pode ser concluída em qualquer superfície de trabalho plana. Para máxima simplicidade, a articulação do aileron é externa e os orifícios são curtos na lateral da fuselagem para permitir a liberação do servo, assim como as hastes de corda do piano fazem as manivelas do aileron.

No original, apenas a asa é forrada de seda. Na superfície de madeira, apenas utilizei dope. A construção de moldura aberta da asa não deu problemas com empenamento, embora tenhamos visto alguns exemplos de outros Ugly Sticks onde aparentemente o construtor o apoiou incorretamente enquanto o dope estava secando, resultando em alguns empenamentos bastante severos. Na verdade, remover empenamentos de uma estrutura de asa de quadro aberto deste tipo é extremamente fácil. Ele apenas exigia o uso de calor enquanto girava contra a dobra para garantir uma superfície plana da asa.

Voar com o Ugly Stick é tão simples quanto a construção. O design não é excessivamente crítico para a localização do centro de gravidade. Deve equilibrar-se aproximadamente na longarina principal ou ligeiramente atrás. Nenhum deslocamento de empuxo é usado.
Somando-se a considerar a quantidade mínima de tempo e esforço despendidos em construção, duvido que jamais tenhamos nos divertido mais pilotando um modelo rádio-controlado. Acreditamos que seja uma excelente escolha para o iniciante e um treinador ideal para vôos multiproporcionais.

Espero que gostem!


https://www.youtube.com/watch?v=cB4PiIaWNZs
Das Ugly Stick Voando nos anos 60.

Avião de 60 polegadas de envergadura, asas sem diedro, com peso ideal de voo (como descrito por Phil) de 2,7 kg, ideal para motores glow .56 a. 60.


Reparem nos servos lineares ilustrados na planta original publicada em 1966.

A minha ideia com este avião é associar uma construção clássica com facilidades modernas. Construção em balsa, entelagem com tela e dope, pintura clássica etc, mas com motorização elétrica, telemetria, acessórios de carbono... Apesar da construção clássica, algumas características serão alteradas. Não sou muito fã da asa com "caixa aberta", prefiro chapeamento para evitar torções tanto no momento da entelagem quanto pelos efeitos do tempo e do clima. Também não gosto do trem de pouso triciclo, será convencional. Além disso, a asa será baioneta e fixada por parafusos, ao invés de inteiriça e presa por elásticos.

A planta que estou utilizando como base é uma versão de 1985 da R/C Modeler Corporation, publicada pela rcmagazine.com e disponível para download em https://outerzone.co.uk/plan_details.asp?ID=6801. Já construí alguns menores, e um maior (170cm). Ainda não construí nenhum Stick com as dimensões originais, achei um avião relativamente grande, mas não enorme. Sem asas baionetadas deve dar uma dor de cabeça para transportar.

Editado pela última vez por Andre Mauricio em Sáb Mar 05, 2022 3:33 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos de história

Mensagem por Caiego »

A um tempo atrás em Penápolis-SP tinha o Stick Bola Preta do Arli que era um aviãozaço. Depois ele criou o Arbo (Arli Bogossian), era asa baixa com um design de leme e fuselagem diferente, mantendo as proporções do Ugly Stick. E hoje vemos pela Horizon Hobby o Ultra Stick que é motorizado até por gasolina.
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Andre Mauricio
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Re: Das Ugly Stik - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

As madeiras chegaram no fim de semana. Não tirei muitas fotos do início da construção, mas não tem muito mistério, só cortes retos, cavernas quadradas e uma montagem simples. Um detalhe chama atenção: junção entre balsa e compensado no assoalho do modelo. Ao montar a famosa planilha de materiais, deve-se considerar ao menos uma chapa de balsa com a mesma espessura da chapa de compensado, caso contrário terá mais trabalho para construir essa parte.

Outro ponto que acho relevante citar: vale a pena traçar uma linha reta no centro do assoalho, e duas linhas em suas laterais marcando a espessura das chapas laterais da fuselagem. Tudo isso serve como guia para uma melhor montagem das cavernas.

Não tenho nenhuma ferramenta para fazer cortes circulares bem feitos, então preferi fazer cortes quadrados nas cavernas. Teoricamente os cortes quadrados geram pontos de fragilidade, como exemplo clássico temos a fadiga de material nas janelas do Comet. Mas acredito que não terei problemas com isso.

Fiz uma alteração na Caverna 2, onde será inserido um "pino" para fixação do bordo de ataque da asa, e outra alteração na Caverna 4, onde será parafusado o bordo de fuga. Também inseri alguns reforços a mais nestes pontos em decorrência do esforço extra que sofrerão.









Diferentes materiais no assoalho.


Achei de bom grado inserir, ainda, alguns reforços no nariz, entre a parede de fogo e a Caverna 2. Não gostei da ideia de deixar esta parte do avião somente na balsa. Adicionei duas chapas de compensado nas laterais e algumas varetas de balsa bem dura. Posteriormente passei epóxi nos cantos.


Removi do projeto a mesa de servos prevista para ser posicionada entre as cavernas 3 e 4. Prefiro utilizar os servos de leme e profundor recuados na cauda, próximos aos comandos, com linkagem curta. Adicionei uma mesa entre as cavernas 2 e 3 para servo de acelerador (sim, de acelerador), e bateria.




Ainda não me dediquei muito na lixa. Lixei com mais empenho somente o nariz.



Como já citei servo de acelerador, vamos à continuidade da história. A ideia era fazer um avião elétrico, que provavelmente voaria com 4s. Mas me apareceu a oportunidade de comprar um ASP .61 2T. Sei que é um motor que já saiu de linha e terei dificuldades para encontrar peças de reposição, mas me animei com a ideia de encarar algo novo, meu primeiro avião glow, e o motor foi pouco usado e muito bem cuidado, está em boas condições.

A parede de fogo já estava preparada para a passagem da fiação do ESC, precisei cobrir. A técnica é simples: cortar blocos de compensado, colar um sobre o outro com C.A, ajustar para caber no buraco da parede de fogo e colar lá com cola para madeira. Depois de seco, é só lixar e não remover o pó; o segrego é pingar C.A, esperar alguns segundos e remover o excesso. Se repetir o processo algumas vezes, conseguirá nivelar as superfícies sem precisar de massa, utilizando somente a própria madeira e a cola.



Como disse, lixei com mais esmero o nariz, justamente porque trabalharia um pouco mais nessa região. Uma questão importante na construção de um avião à combustão é a impermeabilização da parede de fogo. A receita é simples: araldite 90 minutos (epóxi de secagem mais rápida não mistura tão bem e, obviamente, secam muito rápido) diluída com um pouco álcool. Aplicação simples com pincel, tanto na parte interna, quanto na externa.

Antes de fazer o processo, me surgiu a dúvida: impermeabilizar somente a parede de fogo, ou também o compartimento do tanque? Procurei ajuda dos mais experientes com aviões glow e obtive opiniões diversas: é melhor impermeabilizar para evitar problemas em caso de vazamento; é melhor não impermeabilizar para conseguir identificar vazamentos pelas manchas.

Achei melhor impermeabilizar também o compartimento do tanque.



Essa madeira "envernizada" com epóxi me deu algumas boas ideias de acabamento.

Uma curiosidade: Por muitos anos escrevi errado o nome desse avião. O próprio Phil Kraft nomeou de Das Ugly Stik (e não Stick). Outra questão, descrita na própria planta, é que o modelo foi desenhado para motores glow .40 a .61, mas... será que o desempenho de um motor .61 de 1964 é o mesmo de um .61 meio século mais recente? Eu acho que não. :lol:
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos de história

Mensagem por Andre Mauricio »

Caiego escreveu:A um tempo atrás em Penápolis-SP tinha o Stick Bola Preta do Arli que era um aviãozaço. Depois ele criou o Arbo (Arli Bogossian), era asa baixa com um design de leme e fuselagem diferente, mantendo as proporções do Ugly Stick. E hoje vemos pela Horizon Hobby o Ultra Stick que é motorizado até por gasolina.


Com o tempo as pessoas criaram as mais diversas variações do Stik, com materiais, tamanhos e motorizações diferentes (elétrico, glow, gasolina, turboprop, e até uma JetCat já adaptaram), algumas fábricas disponibilizam kits diferentes com as mais diversas alterações e tem até um de Stik de 4m puxado por um DLE 111.


Mas, no fim das contas, senti falta de um construído da forma mais tradicional: planta original, estilete, motor glow :lol:
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Avancei um pouco mais na construção da fuselagem.

Instalei as porcas garra (ou como muitos gostam de falar "blind-nuts") para a asa e trem de pouso. Fiz a furação com um ferro de solda que uso apenas como "corte a laser", e apliquei um pouco de epóxi para evitar que fiquem caindo dentro da fuselagem ao colocar os parafusos.



Também instalei a trava do "capô" do avião. Alguns meses atrás eu teria simplesmente colado com epóxi no lugar mas, como descobri que essas travas que vendem hoje em dia são uma verdadeira PORCARIA e quebram com facilidade, resolvi fazer um calço com compensado e parafusar. Se quebrar, eu troco por uma nova.


Construí, ainda, uma base para fixar o tanque. Todas as peças que estou construindo e que não estão previstas na planta, primeiro eu tiro as medidas e faço uma peça em depron 2mm, vejo se o encaixe está perfeito, e aí sim transfiro o desenho para a madeira.



Fui em uma loja de hobby aqui perto de casa (mais ou menos 1km, vou andando mesmo) procurar um tanque. A ideia era voltar com um tanque leitoso Du-Bro de 12oz mas, sabendo da possibilidade de não encontrar, medi o espaço disponível para buscar opções. Dito e feito, cheguei lá e não tinha o clássico tanque leitoso de 12oz. Mas tinha uma certa variedade de tanques transparentes de PET com acessórios em latão. Infelizmente o tanque de 350ml não cabia, muito comprido para o nariz do stick (consideravelmente mais comprido que o tanque de 12oz). Decidi pegar um tanque menor, que veio meio "amarrotado", mas não tem danos que comprometam o funcionamento, e as borrachas de vedação estão em bom estado, não estão ressecadas.

Tive um contratempo com o adesivo da fabricante, que não queria sair de jeito nenhum. Precisei apelar para a face verde da esponja com Thinner. Em decorrência da superfície abrasiva da esponja, um dos lados do tanque acabou ficando um pouco opaco. Mas é melhor que os pedaços de adesivo colados.



Achei por bem fazer uma peça para distribuir a pressão das braçadeiras pelo (muito maleável) tanque de PET. E também serviu para ocultar a face opaca. Acredito que o ideal seja colocar, ainda, um pouco de espuma entre a madeira e o tanque. Mas já serviu como teste, e tudo encaixou bem.

Assim como a mesa do servo de acelerador, a base do tanque é parafusada e removível. Facilitará muito a manutenção no futuro.


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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Paulinho »

Show! No capricho!!!
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Paulinho escreveu:Show! No capricho!!!


Como diria Sérgio Maurício: NO CAPRIIIIIIIIIIICHHO NO CAPRICHO :lol:
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

Hoje adicionei um pouco de EVA entre o compensado e o tanque, a fixação ficou muito melhor, o tanque está muito bem fixado. Me chamou atenção a flexibilidade desse tanque, muito "molenga".




Realizei também a instalação dos servos da cauda. Iniciei fazendo o molde das molduras em depron 2mm, depois de tudo medido e testado, passei os desenhos para o compensado.



"Escavei" um pouco da balsa para embutir as molduras de compensado na fuselagem, não queria sobressaltos. Colei com epóxi.



Cortei alguns reforços para a parte interna, mais largos que a moldura, para evitar quebras no limite do compensado, onde a balsa foi estreitada. Também colado com epóxi.


Servos fixados com parafusos de rosca soberba, que atravessam duas chapas de compensado e a balsa. Pra isso aí soltar, vou ter que me dedicar muito. :lol:


Estou usando servos Align, DS615. Um pouco exagerados pra esse avião, mas são os únicos servos tamanho STD que tenho aqui. Talvez troque até a finalização do projeto.

Comecei a trabalhar com os estabilizadores, mas não tive tempo para avançar muito nessa parte da construção. Mas já começa a ter cara de avião. Na planta não parecia ser um avião tão grande, mas agora que tenho a estrutura na minha frente, já acho um avião bem grandinho. Com o ASP 61 e o spinner pra frente, vai ficar ainda maior.



Logo abaixo da fuselagem já tem um próximo projeto. A caixa de ferramentas combinando com a maleta de carregador. O material já está comprado, falta arrumar o tempo :wink:
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por LaercioLMB »

Andre Mauricio escreveu:Hoje adicionei um pouco de EVA entre o compensado e o tanque, a fixação ficou muito melhor, o tanque está muito bem fixado. Me chamou atenção a flexibilidade desse tanque, muito "molenga".




Os tanques da DuBro não tem esse problema, já que são feitos com material mais rígido e parede mais espessa. Esse tanque que você está usando parece ser do mesmo material usado em garrafas pet e de parede tão fina quanto.
Posso até estar enganado e espero que eu esteja mesmo, mas aquele conector fixado na parede do tanque onde virá a mangueira do escapamento, me parece um ponto frágil que poderá vir a dar vazamentos.
Se você criticar um sábio, ele te agradecerá. Se você criticar um ignorante, ele te insultará.
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Re: Das Ugly Stick - 58 anos do Clássico - .61 Glow

Mensagem por Andre Mauricio »

LaercioLMB escreveu:
Andre Mauricio escreveu:Hoje adicionei um pouco de EVA entre o compensado e o tanque, a fixação ficou muito melhor, o tanque está muito bem fixado. Me chamou atenção a flexibilidade desse tanque, muito "molenga".




Os tanques da DuBro não tem esse problema, já que são feitos com material mais rígido e parede mais espessa. Esse tanque que você está usando parece ser do mesmo material usado em garrafas pet e de parede tão fina quanto.
Posso até estar enganado e espero que eu esteja mesmo, mas aquele conector fixado na parede do tanque onde virá a mangueira do escapamento, me parece um ponto frágil que poderá vir a dar vazamentos.


Esse tanque é literalmente uma garrafa pet com os acessórios de latão. Lembra muito umas garrafinhas de suco natural que alguns mercados vendem... Espero que não dê problema. Reparei que esse tipo de tanque está muito popular com o pessoal que voa aviões à gasolina.
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