Talvez a diferença no nível de poluição não seja mesmo tão significativo.
Creio que trata-se de uma "jogada comercial" porque hoje em dia toda empresa fabricante de equipamentos poluentes quer associar seu nome à imagem de empresa "ecologicamente correta".
Noticia, mudança de combustível glow
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alexcmag
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Se houver algum químico por aqui, por favor me corrija, mas pelo que lembro das minhas aulas de química orgânica...
Met=1 carbono
Et=2 carbonos
Prop=3 carbonos
But=4 carbonos
Pent=5 carbonos
e assim vai.
Logo, Metanol é um álcool com 1 carbono, mais especificamente CH3OH (a hidroxila, OH, é comum a todos os alcoóis).
Etanol é um álcool com 2 carbonos, mais especificamente C2H5OH
O Álcool Isopropílico (na verdade 2-Propanol) tem 3 carbonos (C3H7OH)
Cada um tem suas vantagens e desvantagens.
O Metanol é mais reativo, por ter molécula menor queima melhor, por isto é usado na fórmula Indy. Mas por ter molécula menor também é mais facilmente absorvido pela pele ou pulmões, causando uma série de problemas, dentre eles cegueira, pois é muito tóxico.
O Etanol é um bom meio-termo. É bastante reativo, ataca vários tipos de plásticos e borrachas ressecando-os e trincando-os. A queima é bastante eficiente, e é menos tóxico, apesar de ter efeitos colaterais em caso de ingestão de grandes quantidades. Do escapamento também saem subprodutos que irritam as mucosas.
O Isopropílico tem uma molécula maior e não tem uma queima eficiente, por isto não é recomendado como combustível. É mais tóxico que o etanol, mas dificilmente ocorrem envenamentos por seu uso. Por ser menos reativo que metanol e etanol, é largamente utilizado para limpeza de equipamentos eletrônicos. Provavelmente a queima produz monóxido de carbono e fuligem.
Outro álcool interessante é o glicerol, queima mal mas não é tóxico para consumo, é usado como aditivo em vários tipos de alimentos.
O NitroMetano (CH3NO2) a princípio produz uma queima completa facilmente, o provável efeito poluidor é talvez a produção de dióxido de nitrogênio, que causa chuva ácida, mas não tenho certeza se o Nitrogênio dele sai da reação como óxido ou como N2.
Portanto, exceto o risco menor para a saúde, não há nenhuma vantagem em substituir o metanol por etanol nos motores, já que o que polui mesmo neles é o óleo usado para lubrificação e a queima incompleta devido à simplicidade do motor.
Falando em motores simples, já li artigos que estimam que atualmente as motos em geral (exceto as mais sofisticadas, com injeção eletrônica, etc.) apesar de terem motores pequenos e serem em menor quantidade poluem mais que a soma dos automóveis à gasolina, que atualmente usam injeção multiponto, canisters e catalizadores para reduzir as emissões.
Outro fator a considerar é que etanol pode poluir menos na queima, mas há muita polêmica sobre os efeitos maléficos de seu cultivo, como derrubada de mata nativa, deterioração de solo, eliminação de áreas de cultivo de alimentos, poluição causada pelos restos da produção de álcool, efeitos sociais, e uma infinidade de outros fatores.
No fundo quem sai lucrando é o usineiro, já que os derivados de petróleo são como os cortes de um boi. Não dá pra conseguir alcatra sem matar o boi todo, e se o boi já está morto não adianta diminuir o consumo de filé-mignon, já que os caminhões continuarão consumindo alcatra (diesel), os navios continuarão consumindo acem (óleo combustível), e assim por diante. Quer dizer, no ponto atual tudo que economizarmos de gasolina só servirá para sobrar e ser vendida barato para os países vizinhos, a não ser que diminuísse drasticamente o transporte rodoviário.
Met=1 carbono
Et=2 carbonos
Prop=3 carbonos
But=4 carbonos
Pent=5 carbonos
e assim vai.
Logo, Metanol é um álcool com 1 carbono, mais especificamente CH3OH (a hidroxila, OH, é comum a todos os alcoóis).
Etanol é um álcool com 2 carbonos, mais especificamente C2H5OH
O Álcool Isopropílico (na verdade 2-Propanol) tem 3 carbonos (C3H7OH)
Cada um tem suas vantagens e desvantagens.
O Metanol é mais reativo, por ter molécula menor queima melhor, por isto é usado na fórmula Indy. Mas por ter molécula menor também é mais facilmente absorvido pela pele ou pulmões, causando uma série de problemas, dentre eles cegueira, pois é muito tóxico.
O Etanol é um bom meio-termo. É bastante reativo, ataca vários tipos de plásticos e borrachas ressecando-os e trincando-os. A queima é bastante eficiente, e é menos tóxico, apesar de ter efeitos colaterais em caso de ingestão de grandes quantidades. Do escapamento também saem subprodutos que irritam as mucosas.
O Isopropílico tem uma molécula maior e não tem uma queima eficiente, por isto não é recomendado como combustível. É mais tóxico que o etanol, mas dificilmente ocorrem envenamentos por seu uso. Por ser menos reativo que metanol e etanol, é largamente utilizado para limpeza de equipamentos eletrônicos. Provavelmente a queima produz monóxido de carbono e fuligem.
Outro álcool interessante é o glicerol, queima mal mas não é tóxico para consumo, é usado como aditivo em vários tipos de alimentos.
O NitroMetano (CH3NO2) a princípio produz uma queima completa facilmente, o provável efeito poluidor é talvez a produção de dióxido de nitrogênio, que causa chuva ácida, mas não tenho certeza se o Nitrogênio dele sai da reação como óxido ou como N2.
Portanto, exceto o risco menor para a saúde, não há nenhuma vantagem em substituir o metanol por etanol nos motores, já que o que polui mesmo neles é o óleo usado para lubrificação e a queima incompleta devido à simplicidade do motor.
Falando em motores simples, já li artigos que estimam que atualmente as motos em geral (exceto as mais sofisticadas, com injeção eletrônica, etc.) apesar de terem motores pequenos e serem em menor quantidade poluem mais que a soma dos automóveis à gasolina, que atualmente usam injeção multiponto, canisters e catalizadores para reduzir as emissões.
Outro fator a considerar é que etanol pode poluir menos na queima, mas há muita polêmica sobre os efeitos maléficos de seu cultivo, como derrubada de mata nativa, deterioração de solo, eliminação de áreas de cultivo de alimentos, poluição causada pelos restos da produção de álcool, efeitos sociais, e uma infinidade de outros fatores.
No fundo quem sai lucrando é o usineiro, já que os derivados de petróleo são como os cortes de um boi. Não dá pra conseguir alcatra sem matar o boi todo, e se o boi já está morto não adianta diminuir o consumo de filé-mignon, já que os caminhões continuarão consumindo alcatra (diesel), os navios continuarão consumindo acem (óleo combustível), e assim por diante. Quer dizer, no ponto atual tudo que economizarmos de gasolina só servirá para sobrar e ser vendida barato para os países vizinhos, a não ser que diminuísse drasticamente o transporte rodoviário.
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Fábio BP
- membro
- Mensagens: 771
- Registrado em: Sáb Mai 21, 2005 11:03 pm
- Localização: Valinhos - SP
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Nossa! Alex, acabei de lembrar das minhas aulas de química do primeiro ano da facul. :lol:
É, e sempre concordei com meu professor de transportes e estradas, que o Brasil precisa mesmo investir em ferrovias e hidrovias. Pois por conceito, quem faz grandes distâncias é a ferrovia, e não a rodovia. Mas por questôes politicas no começo, isto está inverso no nosso pais.
Pode ser que a O.S. fez isso pensando nos créditos do Protocolo de Quioto támbém, ou não... pois etanol tem mais Carbono. :?
Agora, eu tinha esquecido do nitrometano... vou partir para os elétricos convertidos mesmo, que estes tem futuro econômico a longo prazo. (espero :roll: )
É, e sempre concordei com meu professor de transportes e estradas, que o Brasil precisa mesmo investir em ferrovias e hidrovias. Pois por conceito, quem faz grandes distâncias é a ferrovia, e não a rodovia. Mas por questôes politicas no começo, isto está inverso no nosso pais.
Pode ser que a O.S. fez isso pensando nos créditos do Protocolo de Quioto támbém, ou não... pois etanol tem mais Carbono. :?
Agora, eu tinha esquecido do nitrometano... vou partir para os elétricos convertidos mesmo, que estes tem futuro econômico a longo prazo. (espero :roll: )
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voe muito, converse muito, recarregue suas baterias e aproveite cada momento.
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Felipe Voltan
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Concordo com o senhores a resepeito de poluiçao formulas e tudo mais, até porque nao tenho conhecimento tecnico. Mas sei que as baterias na fabricção e até seu descarte são problemas que ainda nao afetam de forma consistente pois sua utlizção ainda é baixa com relaçao aos combustiveis fosseis ou nao. Concordo que a utlizçao de baterias nao existe decarga(obvio)...MAs precisamos analizar o antes e o depois das baterias.....certo ou errado?
NAo quero polemica, quero ver como poderiamos buscar um futuro mais verde ao nosso planeta, já que a pauta é essa!
NAo quero polemica, quero ver como poderiamos buscar um futuro mais verde ao nosso planeta, já que a pauta é essa!
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Henrique - CPS
- membro
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- Registrado em: Sex Out 14, 2005 11:31 am
- Localização: Campinas/SP
[quote:8e13acbcb5="betodebem"]Eu sei que é off topic mas alguém sabe porque não existe moto a álcool?[/quote:8e13acbcb5]
A Yamaha fez uma RX125 ou RX180 em 1979 que era a álcool, mas não durou muito, acho que só este ano mesmo. Imagine tentar fazer pegar uma moto a álcool na base do pedal em dia frio? :lol:
A Yamaha fez uma RX125 ou RX180 em 1979 que era a álcool, mas não durou muito, acho que só este ano mesmo. Imagine tentar fazer pegar uma moto a álcool na base do pedal em dia frio? :lol:
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Fábio BP
- membro
- Mensagens: 771
- Registrado em: Sáb Mai 21, 2005 11:03 pm
- Localização: Valinhos - SP
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É o lado ecológico só dará seus passos com o lado econômico dando os seus também.
Não adianta nada inventar/transformar/construir algo mais caro do que será substituido, só porque é bem mais ecologico, porque este novo item não será usado.
Ao menos que leis sejam criadas para proibir o uso do material antigo (ou o bom censo faça isso). Assim como foi com os catalizadores dos carros.
O que percebo é que quanto mais se esgota o petróleo (ficando cada vez mais caro), mais se aproxima a viabilidade econômica de alguns itens ecologicamente corretos (para a época).
Não adianta nada inventar/transformar/construir algo mais caro do que será substituido, só porque é bem mais ecologico, porque este novo item não será usado.
Ao menos que leis sejam criadas para proibir o uso do material antigo (ou o bom censo faça isso). Assim como foi com os catalizadores dos carros.
O que percebo é que quanto mais se esgota o petróleo (ficando cada vez mais caro), mais se aproxima a viabilidade econômica de alguns itens ecologicamente corretos (para a época).
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