review chuvoso Syma S107
Enviado: Sáb Mar 09, 2013 9:38 pm
[color=blue:7e682b3662][b:7e682b3662][size=18:7e682b3662]Review chuvoso Parte I: Syma S107[/size:7e682b3662][/b:7e682b3662][/color:7e682b3662]
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symaabertura.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]O S107 faz mais uma patrulha na sala![/i:7e682b3662]
É chegada a época das chuvas. Nós, aeromodelistas que ficamos loucos pra chegar o fim de semana e dar a nossa sagrada voadinha, às vezes somos pegos de surpresa com dias chuvosos que impedem nosso voo. Nessa época, o sonho de todo aeromodelista é ter algo pequeno o suficiente pra voar dentro da sala! Nessa onda, surgiram os micro helicópteros. Enquanto temos opções muito sofisticadas, como os Blades mSR e m-CPX, e que exigem um pouco mais de domínio dos comandos dos helis, como os Solo Pros, quem era pouco experiente tinha, até o começo de 2010, que se contentar com o PicooZ e seu estilo quase paranormal de voo.
Mas em 2010, surgiu o Swift 6020-1, um microhelicóptero coaxial controlado por infravermelho. Tudo bem, a experiência dos microCXs de IR e 3 canais sem servos já vinha sendo tentada, sem muito sucesso. Mas o Swift trouxe uma novidade que o tornou um verdadeiro micromodelo indoor pra iniciantes: um giro trava-cauda que tornava o helizim bem estável. O Swift conseguiu um vôo bem controlável e manso. Já dava pra fazer circuitos dentro da sala, perseguir o cachorro debaixo da mesa, e atravessar de um cômodo a outro através de portas. Mas o Swift tinha dois problemas:
1. a estabilidade dele, se era melhor que a dos erráticos antecessores, ainda não era perfeita.
2. O T-bar da bailarina superior é frágil. Só de olhar torto quebra, e os sobressalentes são na maioria das vezes tortos.
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symabeautyshot.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]S107: uma solução pras águas de março???[/i:7e682b3662]
Mirando nesse mercado, um monte de fabricantes chineses tentou criar seus próprios microCXs, com variadas taxas de sucesso (ou fracasso...). A Syma, um desses fabricantes (que tem seu próprio portfólio de fracassos...), chegou ao melhor projeto de micro heli coaxial servoless infravermelho (ufa!) atual: o S107. Eu tive vários, já dei de presente pra crianças que querem começar a voar, e tenho um azulzinho, para dar umas voadas dentro de casa. Fantástico voo indoor pros iniciantes, excelente custo-benefício. Nessa época de chuva, quem quer mais?
[b:7e682b3662]O que ele é?[/b:7e682b3662]
É um helicóptero? Sim, é um helicóptero coaxial. Qualquer pessoa que o ver vai identificar um heli, apesar de o número e disposição de pás não bater com os de um helicóptero tradicional. VC pode adicionar “coolness” ao seu helicóptero explicando que essa disposição é usada em helicópteros militares russos, e que por isso não foi difundida no ocidente.
É estável? Sim, provavelmente é o heli R/C mais estável vendido hoje.
É pequeno? Sim, pode ser considerado um microhelicóptero, pois tem 22cm de diâmetro de disco e um comprimento do corpo de 20cm. Além disso, pesa apenas 37g.
É indoor? Sim, o controle infravermelho dele limita o uso ao vôo indoor.
É barato? Sim, com um preço médio de 100 reais, não dá pra ficar muito mais barato que isso e ainda oferecer as excelentes características de vôo dele.
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/symadetalhes.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]1. Olha a cara do kit do bicho: uma caixinha simpática que também serve como estojo de transporte. (tirei essa foto da Internet. A minha caixa já foi pro lixo há muito tempo... o meu S107 mora na estante da sala.)
2. As entranhas dele são bem tradicionais pra um MicroCX IR servoless. Uma coisa interessante é que ele não usa apenas uma coroa grande pra cada eixo, e sim duas engrenagens menores para desmultiplicação. Porque? Não sei, mas essas engrenagens se parecem muito com engrenagens de servos de 9g...
3. Flybar e bailarinas. A Flybar do swift era de borracha, mais macia e menos propensa a quebra. Essa do S107 e´de plástico rígido. Ela lasca mais fácil, mas o fato de ser rígida faz o hover do helizim ser muito mais estável, sem praticamente nenhum TBE. As bailarinas são tradicionais para um heli coaxia sem servos. A debaixo é praticamente um suporte para as hélices e a de cima integra o flybar e os links.
4. A pior parte do helizim: o controle é feio pra burro...[/i:7e682b3662]
[b:7e682b3662]Voando[/b:7e682b3662]
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symavoando.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]O S107 é tão estável que eu mesmo tirei as fotos dele voando enquanto pilotava![/i:7e682b3662]
O Syma vem pronto pra vôo. VC só tem que colocar as baterias no controle (seis pilhas AA) e carregar a bateria do Heli. O S107 é mais estável no hover que o Swift, e mais fácil de trimar por isso. O giro do Syma é tão atuante que você até acha ele um pouco robótico no começo. Ele literalmente TRAVA A CAUDA MESMO, e às vezes até dá uma tremedinha na cauda por causa das engrenagens dos motores. Uma coisa que eu fiz que suavizou muito a tremedinha (praticamente sumiu) foi lubrificar com um pouquinho de spray de silicone as duas bailarinas e as engrenagens. O voo pra frente sai mais reto por causa do giro, o voo pra trás também. Uma coisa que se observa com facilidade é que no voo pra trás ele costuma perder altitude, resultado da hélice de cauda empurrar a cauda pra baixo e levar o helizim tb. Os giros não são rodopios enlouquecidos como os do Swift, e sim giros controlados. É realmente um heli bem controlável. No geral é mais resistente que o Swift também. O meu tomou alguns tombos feios, e o máximo que aconteceu foi as pontas do flybar racharem. A hélice traseira é bem mais resistente que a do Swift também. Mas sempre é importante lembrar da regra de ouro da lenha com helis: cortar o motor pra reduzir os danos! Outra coisa interessante é o peso. Se não pesa míseros 28g como um mSR, pesa 37g, mais magrinho que o Swift com seus 40g. Menos massa, menos inércia, menos gasto de bateria, mais tempo de voo e menos estrago num tombo.
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symarotordecauda.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]O rotor de cauda do S107: bem reforçado, segura a onda do motorzinho que comanda o profundor e também as pancadas. O Syma voa perfeitamente bem sem os reforços, mas vc tem que tirar peso na frente tb, para manter o CG...[/i:7e682b3662]
O procedimento pra voar essa belezinha é bem simples: Carregue o helizim com o carregador USB ou no proprio controle (leva uns 40minutos), ligue o controle, ligue o heli e posicione ele numa superficie lisa, firme e plana. Em alguns segundos o giro arma, um LED verde acende e você está pronto pra voar! Cuidado com o controle do acelerador. Ao contrário do Swift, que tem que subir e descer o stick do acelerador pra armar o controle, esse já tá dando comando no motor desde o início. Os voos duram 5 minutos no máximo. Tentar voar mais tempo pode danificar a bateria, uma LiPo de 130mAh. Ah, outra coisa. Não dá pra voar onde bate sol. O bicho fica louco, pois o sistema de controle é IR. O Syma tem muita autoridade no pouso também. Fazer pousos de precisão (daqueles que a gente gosta pra tirar onda, em cima de uma caixa ou no alto de uma estante), se não é a tarefa mais fácil do mundo, pelo menos é possível com o S107.
Tem duas coisas chatas a respeito do controle do Syma: a primeira é que ele tem uma molinha no stick do acelerador, que felizmente pode ser retirada sem prejuízo nenhum ao controle. A segunda é mais séria: o stick da direita comanda o profundor E O LEME. Se isso faz pouca diferença pra quem nunca voou um helicóptero, dificulta um pouco a transição para o vôo de helicópteros com mais canais.
[b:7e682b3662]Video[/b:7e682b3662]
[yt]Pwn2KgZBDxU[/yt]
Video de um vôo do Syma com minha filha de seis anos (cinegrafista oficial...) filmando. Valeu Helô! Dá pra observar como ele é muito estável. Em cima da cama eu coloquei uma tampa de caixa para brincar com o efeito solo mais pro final do filme.
[b:7e682b3662]É para um iniciante?[/b:7e682b3662]
Sim! O Syma S107 é muito estável, e resistente a pequenos tombos, desde que o piloto tenha o reflexo de cortar o motor na iminência de uma queda. Eu já iniciei algumas pessoas no aeromodelismo com o Syma, que está no limite entre um brinquedo que funciona e um bom heli controlável para começar no hobby.
[b:7e682b3662]Modificações[/b:7e682b3662]
Po, o que seria dos aeromodelistas sem o espírito infinito da mexeção? Alguma modificação a gente sempre tem que fazer nesses caras! Como o helizim é muito simples, tem um monte de coisas que você pode fazer com ele. Vamos conhecer algumas bem legais:
1. troca da bateria por uma de maior capacidade: Essa é muito simples de fazer. Abra o canopi, remova com cuidado o LED dele (é colado com cola quente), retire a bateria de 130mAh e solde uma maior. A melhor opção pra mim é a Turnigy de 160mAh e 30c. mais tempo de vôo e mais potência no topo do stick sem aumentar em praticamente nada o peso. 0,5g de “engorda”, que pode ser revertido com...
2. retirada cirúrgica do LED barango que faz ele parecer um heli da polícia. Se o heli não for azul, o LED que pisca em azul e vermelho não combina. Tirando ele vc economiza 0,5g e ainda reduz o gasto da bateria. Quanto? Não sei, mas chuto uns 10s de voo a mais sem o LED e menos demanda de corrente na bateria, que ajuda ela a durar mais. Para melhorar mais ainda, experimente tirar os suportes do rotor de cauda ou os estabilizadores para acertar o CG e emagrecer ele mais ainda!
3. retirada da bateria velha e adaptação de um chicote para usar baterias padrão Minium. pronto! Vc carrega um monte de baterias e voa um monte de tempo! O chato é ter que tirar e colocar o canopi pra trocar a bateria. Nesse caso, o LED deve ser retirado MESMO, pois o peso com o chicote aumenta e o fio do LED vai acabar estragando com o manuseio do canopi.
4. retirada da mola do stick do acelerador: ESSA É A MELHOR MODIFICAÇÃO QUE VOCÊ PODE FAZER PRA ELE. Sem mola, vc tem muito mais controle da sustentação no hover.
5. balancear as pás principais com fita. O balanceamento deixa a sustentação mais eficiente. menos esforço nos motorezinhos. Balancear as pás desses microhelis é fácil. Segue o minitutorial:
5.1. Retire um dos pares de hélices (o de cima ou o de baixo, tanto faz.
5.2 Segure o bicho pelo trem de pouso.
5.3 Acelere ele e sinta a vibração das hélices com as mãos.
5.4 Marque uma hélice com uma caneta pra identificar.
5.5 Cole nela um pedacinho de durex e acelera de novo. Vibrou menos? Ponto! vc diminuiu a vibração. Se vibrou mais, tire o Durex e cole na outra pá. Acelere de novo e veja se vibrou menos dessa vez.
5.6 Repita esse processo com os dois discos (o de cima e o de baixo) e o flybar até diminuir bastante a vibração. Pronto. VC não vai conseguir zerar a vibração, mas vai diminuir muito e tornar ele muito mais estável. Para zerar MESMO, vc precisaria de um balanceador de hélices de helicóptero, mas eu acho isso desnecessário para o Syma.
6. comprar outro! Sim, com dois você voa um e carrega o outro sem preocupar com mexer nele todo! É barato o suficiente pra fazer isso!
[b:7e682b3662]Conclusão[/b:7e682b3662]
Eu curto o Syma. Já tive uns 4 deles, e acabei sempre dando eles a amigos como presente. Minha filha de seis anos está dando os primeiros passos no aeromodelismo com o Syma (e também com um Minium Citabria). Ele é o perfeito incentivador para crianças que têm que passar no 3º. Bimestre. Quem não quer ganhar um Heli que voa de verdade e bem de Natal? Pra ganhar, basta passar no 3º. Bimestre. E ele vale muito a pena se vc está começando a voar helis e ficou preso em casa por causa da chuva!
[b:7e682b3662]Prós:[/b:7e682b3662]
-Muito estável.
-Excelente pra iniciantes agoniados.
-Mais resistente que o Swift.
-Flybar de plástico rígido é mais preciso e atuante que o do Swift
-Pode ser carregado por uma porta USB no PC. Fica muito legal adornando o computador do serviço!
-Perfeito pra voos indoor em lugares apertados.
-Embalagem serve também pra transportar!
[b:7e682b3662]Contras:[/b:7e682b3662]
-O controle é horroroso!
-Essa é séria: comando do leme está na posição errada, ou melhor, não está na posição padrão para o modo 2. Isso dificulta a transição desse (e de todos os coaxiais que usam o mesmo padrão de comandos) para helis de rotor simples.
-O Infravermelho limita o uso ao indoor mesmo, sem luz do sol direta, que interfere no comando.
-O flybar lasca, por ser de plástico rígido.
-Altamente viciante!
No sábado que vem, eu continuo a série chuvosa com o [url=http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=151617]Blade mSR![/url]!
Fotos: Bruno Angrisano
Video: Helô (minha filha!)
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symaabertura.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]O S107 faz mais uma patrulha na sala![/i:7e682b3662]
É chegada a época das chuvas. Nós, aeromodelistas que ficamos loucos pra chegar o fim de semana e dar a nossa sagrada voadinha, às vezes somos pegos de surpresa com dias chuvosos que impedem nosso voo. Nessa época, o sonho de todo aeromodelista é ter algo pequeno o suficiente pra voar dentro da sala! Nessa onda, surgiram os micro helicópteros. Enquanto temos opções muito sofisticadas, como os Blades mSR e m-CPX, e que exigem um pouco mais de domínio dos comandos dos helis, como os Solo Pros, quem era pouco experiente tinha, até o começo de 2010, que se contentar com o PicooZ e seu estilo quase paranormal de voo.
Mas em 2010, surgiu o Swift 6020-1, um microhelicóptero coaxial controlado por infravermelho. Tudo bem, a experiência dos microCXs de IR e 3 canais sem servos já vinha sendo tentada, sem muito sucesso. Mas o Swift trouxe uma novidade que o tornou um verdadeiro micromodelo indoor pra iniciantes: um giro trava-cauda que tornava o helizim bem estável. O Swift conseguiu um vôo bem controlável e manso. Já dava pra fazer circuitos dentro da sala, perseguir o cachorro debaixo da mesa, e atravessar de um cômodo a outro através de portas. Mas o Swift tinha dois problemas:
1. a estabilidade dele, se era melhor que a dos erráticos antecessores, ainda não era perfeita.
2. O T-bar da bailarina superior é frágil. Só de olhar torto quebra, e os sobressalentes são na maioria das vezes tortos.
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symabeautyshot.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]S107: uma solução pras águas de março???[/i:7e682b3662]
Mirando nesse mercado, um monte de fabricantes chineses tentou criar seus próprios microCXs, com variadas taxas de sucesso (ou fracasso...). A Syma, um desses fabricantes (que tem seu próprio portfólio de fracassos...), chegou ao melhor projeto de micro heli coaxial servoless infravermelho (ufa!) atual: o S107. Eu tive vários, já dei de presente pra crianças que querem começar a voar, e tenho um azulzinho, para dar umas voadas dentro de casa. Fantástico voo indoor pros iniciantes, excelente custo-benefício. Nessa época de chuva, quem quer mais?
[b:7e682b3662]O que ele é?[/b:7e682b3662]
É um helicóptero? Sim, é um helicóptero coaxial. Qualquer pessoa que o ver vai identificar um heli, apesar de o número e disposição de pás não bater com os de um helicóptero tradicional. VC pode adicionar “coolness” ao seu helicóptero explicando que essa disposição é usada em helicópteros militares russos, e que por isso não foi difundida no ocidente.
É estável? Sim, provavelmente é o heli R/C mais estável vendido hoje.
É pequeno? Sim, pode ser considerado um microhelicóptero, pois tem 22cm de diâmetro de disco e um comprimento do corpo de 20cm. Além disso, pesa apenas 37g.
É indoor? Sim, o controle infravermelho dele limita o uso ao vôo indoor.
É barato? Sim, com um preço médio de 100 reais, não dá pra ficar muito mais barato que isso e ainda oferecer as excelentes características de vôo dele.
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/symadetalhes.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]1. Olha a cara do kit do bicho: uma caixinha simpática que também serve como estojo de transporte. (tirei essa foto da Internet. A minha caixa já foi pro lixo há muito tempo... o meu S107 mora na estante da sala.)
2. As entranhas dele são bem tradicionais pra um MicroCX IR servoless. Uma coisa interessante é que ele não usa apenas uma coroa grande pra cada eixo, e sim duas engrenagens menores para desmultiplicação. Porque? Não sei, mas essas engrenagens se parecem muito com engrenagens de servos de 9g...
3. Flybar e bailarinas. A Flybar do swift era de borracha, mais macia e menos propensa a quebra. Essa do S107 e´de plástico rígido. Ela lasca mais fácil, mas o fato de ser rígida faz o hover do helizim ser muito mais estável, sem praticamente nenhum TBE. As bailarinas são tradicionais para um heli coaxia sem servos. A debaixo é praticamente um suporte para as hélices e a de cima integra o flybar e os links.
4. A pior parte do helizim: o controle é feio pra burro...[/i:7e682b3662]
[b:7e682b3662]Voando[/b:7e682b3662]
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symavoando.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]O S107 é tão estável que eu mesmo tirei as fotos dele voando enquanto pilotava![/i:7e682b3662]
O Syma vem pronto pra vôo. VC só tem que colocar as baterias no controle (seis pilhas AA) e carregar a bateria do Heli. O S107 é mais estável no hover que o Swift, e mais fácil de trimar por isso. O giro do Syma é tão atuante que você até acha ele um pouco robótico no começo. Ele literalmente TRAVA A CAUDA MESMO, e às vezes até dá uma tremedinha na cauda por causa das engrenagens dos motores. Uma coisa que eu fiz que suavizou muito a tremedinha (praticamente sumiu) foi lubrificar com um pouquinho de spray de silicone as duas bailarinas e as engrenagens. O voo pra frente sai mais reto por causa do giro, o voo pra trás também. Uma coisa que se observa com facilidade é que no voo pra trás ele costuma perder altitude, resultado da hélice de cauda empurrar a cauda pra baixo e levar o helizim tb. Os giros não são rodopios enlouquecidos como os do Swift, e sim giros controlados. É realmente um heli bem controlável. No geral é mais resistente que o Swift também. O meu tomou alguns tombos feios, e o máximo que aconteceu foi as pontas do flybar racharem. A hélice traseira é bem mais resistente que a do Swift também. Mas sempre é importante lembrar da regra de ouro da lenha com helis: cortar o motor pra reduzir os danos! Outra coisa interessante é o peso. Se não pesa míseros 28g como um mSR, pesa 37g, mais magrinho que o Swift com seus 40g. Menos massa, menos inércia, menos gasto de bateria, mais tempo de voo e menos estrago num tombo.
[img:7e682b3662]http://i118.photobucket.com/albums/o90/brunollo/Aero/Syma%20S107/Symarotordecauda.jpg[/img:7e682b3662]
[i:7e682b3662]O rotor de cauda do S107: bem reforçado, segura a onda do motorzinho que comanda o profundor e também as pancadas. O Syma voa perfeitamente bem sem os reforços, mas vc tem que tirar peso na frente tb, para manter o CG...[/i:7e682b3662]
O procedimento pra voar essa belezinha é bem simples: Carregue o helizim com o carregador USB ou no proprio controle (leva uns 40minutos), ligue o controle, ligue o heli e posicione ele numa superficie lisa, firme e plana. Em alguns segundos o giro arma, um LED verde acende e você está pronto pra voar! Cuidado com o controle do acelerador. Ao contrário do Swift, que tem que subir e descer o stick do acelerador pra armar o controle, esse já tá dando comando no motor desde o início. Os voos duram 5 minutos no máximo. Tentar voar mais tempo pode danificar a bateria, uma LiPo de 130mAh. Ah, outra coisa. Não dá pra voar onde bate sol. O bicho fica louco, pois o sistema de controle é IR. O Syma tem muita autoridade no pouso também. Fazer pousos de precisão (daqueles que a gente gosta pra tirar onda, em cima de uma caixa ou no alto de uma estante), se não é a tarefa mais fácil do mundo, pelo menos é possível com o S107.
Tem duas coisas chatas a respeito do controle do Syma: a primeira é que ele tem uma molinha no stick do acelerador, que felizmente pode ser retirada sem prejuízo nenhum ao controle. A segunda é mais séria: o stick da direita comanda o profundor E O LEME. Se isso faz pouca diferença pra quem nunca voou um helicóptero, dificulta um pouco a transição para o vôo de helicópteros com mais canais.
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[yt]Pwn2KgZBDxU[/yt]
Video de um vôo do Syma com minha filha de seis anos (cinegrafista oficial...) filmando. Valeu Helô! Dá pra observar como ele é muito estável. Em cima da cama eu coloquei uma tampa de caixa para brincar com o efeito solo mais pro final do filme.
[b:7e682b3662]É para um iniciante?[/b:7e682b3662]
Sim! O Syma S107 é muito estável, e resistente a pequenos tombos, desde que o piloto tenha o reflexo de cortar o motor na iminência de uma queda. Eu já iniciei algumas pessoas no aeromodelismo com o Syma, que está no limite entre um brinquedo que funciona e um bom heli controlável para começar no hobby.
[b:7e682b3662]Modificações[/b:7e682b3662]
Po, o que seria dos aeromodelistas sem o espírito infinito da mexeção? Alguma modificação a gente sempre tem que fazer nesses caras! Como o helizim é muito simples, tem um monte de coisas que você pode fazer com ele. Vamos conhecer algumas bem legais:
1. troca da bateria por uma de maior capacidade: Essa é muito simples de fazer. Abra o canopi, remova com cuidado o LED dele (é colado com cola quente), retire a bateria de 130mAh e solde uma maior. A melhor opção pra mim é a Turnigy de 160mAh e 30c. mais tempo de vôo e mais potência no topo do stick sem aumentar em praticamente nada o peso. 0,5g de “engorda”, que pode ser revertido com...
2. retirada cirúrgica do LED barango que faz ele parecer um heli da polícia. Se o heli não for azul, o LED que pisca em azul e vermelho não combina. Tirando ele vc economiza 0,5g e ainda reduz o gasto da bateria. Quanto? Não sei, mas chuto uns 10s de voo a mais sem o LED e menos demanda de corrente na bateria, que ajuda ela a durar mais. Para melhorar mais ainda, experimente tirar os suportes do rotor de cauda ou os estabilizadores para acertar o CG e emagrecer ele mais ainda!
3. retirada da bateria velha e adaptação de um chicote para usar baterias padrão Minium. pronto! Vc carrega um monte de baterias e voa um monte de tempo! O chato é ter que tirar e colocar o canopi pra trocar a bateria. Nesse caso, o LED deve ser retirado MESMO, pois o peso com o chicote aumenta e o fio do LED vai acabar estragando com o manuseio do canopi.
4. retirada da mola do stick do acelerador: ESSA É A MELHOR MODIFICAÇÃO QUE VOCÊ PODE FAZER PRA ELE. Sem mola, vc tem muito mais controle da sustentação no hover.
5. balancear as pás principais com fita. O balanceamento deixa a sustentação mais eficiente. menos esforço nos motorezinhos. Balancear as pás desses microhelis é fácil. Segue o minitutorial:
5.1. Retire um dos pares de hélices (o de cima ou o de baixo, tanto faz.
5.2 Segure o bicho pelo trem de pouso.
5.3 Acelere ele e sinta a vibração das hélices com as mãos.
5.4 Marque uma hélice com uma caneta pra identificar.
5.5 Cole nela um pedacinho de durex e acelera de novo. Vibrou menos? Ponto! vc diminuiu a vibração. Se vibrou mais, tire o Durex e cole na outra pá. Acelere de novo e veja se vibrou menos dessa vez.
5.6 Repita esse processo com os dois discos (o de cima e o de baixo) e o flybar até diminuir bastante a vibração. Pronto. VC não vai conseguir zerar a vibração, mas vai diminuir muito e tornar ele muito mais estável. Para zerar MESMO, vc precisaria de um balanceador de hélices de helicóptero, mas eu acho isso desnecessário para o Syma.
6. comprar outro! Sim, com dois você voa um e carrega o outro sem preocupar com mexer nele todo! É barato o suficiente pra fazer isso!
[b:7e682b3662]Conclusão[/b:7e682b3662]
Eu curto o Syma. Já tive uns 4 deles, e acabei sempre dando eles a amigos como presente. Minha filha de seis anos está dando os primeiros passos no aeromodelismo com o Syma (e também com um Minium Citabria). Ele é o perfeito incentivador para crianças que têm que passar no 3º. Bimestre. Quem não quer ganhar um Heli que voa de verdade e bem de Natal? Pra ganhar, basta passar no 3º. Bimestre. E ele vale muito a pena se vc está começando a voar helis e ficou preso em casa por causa da chuva!
[b:7e682b3662]Prós:[/b:7e682b3662]
-Muito estável.
-Excelente pra iniciantes agoniados.
-Mais resistente que o Swift.
-Flybar de plástico rígido é mais preciso e atuante que o do Swift
-Pode ser carregado por uma porta USB no PC. Fica muito legal adornando o computador do serviço!
-Perfeito pra voos indoor em lugares apertados.
-Embalagem serve também pra transportar!
[b:7e682b3662]Contras:[/b:7e682b3662]
-O controle é horroroso!
-Essa é séria: comando do leme está na posição errada, ou melhor, não está na posição padrão para o modo 2. Isso dificulta a transição desse (e de todos os coaxiais que usam o mesmo padrão de comandos) para helis de rotor simples.
-O Infravermelho limita o uso ao indoor mesmo, sem luz do sol direta, que interfere no comando.
-O flybar lasca, por ser de plástico rígido.
-Altamente viciante!
No sábado que vem, eu continuo a série chuvosa com o [url=http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=151617]Blade mSR![/url]!
Fotos: Bruno Angrisano
Video: Helô (minha filha!)