Este é um espaço destinado tanto para as pessoas que gostam do vôo silencioso e tranquilo dos planadores quanto para aqueles que curtem a adrenalina do voo rápido e acrobático dos planadores de colina.
É o ângulo de incidência da asa (ângulo formado entre a linha que vai do bordo de ataque ao bordo de fuga, e a direção de vôo do avião).
Tá vendo por que não gosto do termo...
Desculpe Alex, este é ângulo de incidencia.
Decalagem é o ângulo entre o a linha de referencia da asa e o plano do estabilizador. Assim vc pode ter zero de incidencia e -3° de incidencia negativa no estabilizador, e o modelo voará de nariz alto.
Existe muito planador de võo livre que tem 5° de incidencia e +2° no estabilizador, para simular uma cauda em "T".
Cebola
Bom saber, eu só tinha ouvido este termo decalagem de alguns caras da antiga mas se referindo à incidência da asa somente.
Associar a incidência da asa com a do profundor não dá muito arrasto por aumentar a área frontal???
Na realidade a incidencia da asa tem a ver com linha de vôo em relação ao eixo longitudinal, a turma usa uns 2 a 3°.
A da cauda quase sempre em 0°.
Mas note, tenho um planador que move a cauda toda ou seja tem decalagens variáveis.
Algo assim coloco o Cg para trás e vôo mais picado ou seja com pouca decalagem. Ou o anverso cg mais a frente mais decalagem até manter o nariz super alto.
Este ângulo nos modelos de võo livre são variáveis, bastando calçar o BA ou BF do estabilizador ou seja variando a tal decalagem.
Já nos fun fly's é tudo zero zero, motor, asa e estabilizador, pois o que se busca é equilíbrio instável, ou indiferente.
Cebola
Nos meus modelos sempre calculo a linha de vôo como a que deixe menor área frontal exposta. Deixo a cauda paralela a esta direção e deixo a asa cerca de 2 graus de incidência.
acarlosarq escreveu:É uma linha, mas as vezes o perfíl da asa sobe ou derruba o nariz , aí vc tem que dar uma compensada na cauda com o profundor.
Não raro vc está voando cabrado ou picado , com o estabilizador em forma de "V", daí sim vc tem um belo arrasto.
Os novos planadores grandes de instrução (ou motoplanadores com motor central como o S10) tem uma forma de regular a decalagem, balançando todo estabilizador e mantendo na posição. Assim o uso do profundor fica mais simples.
Note que estes modelos tem carga variável no nariz, dependendo de quem voa e seu peso.
Antigamente se usava um tab regulável no profundor para compensar, agora vc move tudo até ficar zero tendencia.
Cebola
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O truque de alterar a incidência de todo o profundor também é usada em aviões muito grandes:
[quote:36f34e55c6="acarlosarq"]...É que movendo todo vc preserva o prfil dele...
Cebola[/quote:36f34e55c6]
è a grande vantagem do full flying surface, contra todos os defeitos mecânicos e estrturais que esse sistema tem...
com meu Palio percebe-se realmente no trim as mudanças de atitude do aero, podendo-se buscar o maior rendimento ( = menor decalagem) atrazando o CG.
Uma coisa que vale a pena ser dita é que modelos com CG mais atrazado (menor decalagem e por isso maior rendimento ) tem comportamento mais dificil, requerem trabalhar com o dedo o tempo todo pra mante-los nivelados ou girando em termais, são sensiveis de profundor ( eu geralmente diminuo o D/Rate). Qualquer cabrada ou entradas em termais, faz com que subam o nariz e "parem no ar", uma rápida picada é necessária para corrigir esse problema....
Como diz o André, deve-se buscar a melhor relação de CG/Rendimento dentro do nível de pilotagem de cada um.