Demoiselle do nosso Santos=Dumont - novidades!

Aqui colocamos as fotos da construção de nossos modelos.
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Mauri
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Mensagem por Mauri »

É disparado a melhor construção que ja vi no fórum, a riqueza de detalhes chega até a assustar!!
Fico de boca aberta a cada foto que vc post, se vier mesmo no Ibira vou querer ver essa jóia rara do nosso aeromodelismo nacional.

Parabéns Pedro!!!
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ze_mayer
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Mensagem por ze_mayer »

se um dia eu construir um avião assim, não vai voar não! e o medo de cair?

parabéns, a construção tá perfeita! só uma dúvida...vai dar cg??
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Pedro Prado
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Mensagem por Pedro Prado »

[quote:5d0f066dab="ze_mayer"]se um dia eu construir um avião assim, não vai voar não! e o medo de cair?

parabéns, a construção tá perfeita! só uma dúvida...vai dar cg??[/quote:5d0f066dab]

Oi Zé Mayer, tudo bem?
Boa pergunta! É aí que está o problema... tanto no verdadeiro de S=D, como no meu aeromodelo.
Como resolver:
Existia na época (dá para ver em algumas fotos) um esqui de madeira que eles colocavam na frente para evitar de o avião “pilonar”, capotar de frente nos pousos, então... vou fazer uma malinha de viagem que vai ser fixada neste esqui e dentro dela vou por a bateria. Como já falei anteriormente, S=D foi o pioneiro nos vôos de passeio, nada mais justo que levar uma malinha com uma trouxinha de roupa para passar a noite. :wink:

Mas mesmo assim, se faltar peso... coloco mesmo é chumbo na ponta do esqui! :twisted: Abs. Pedro

[URL=http://img52.imageshack.us/i/demoiselle.jpg/][img:5d0f066dab]http://img52.imageshack.us/img52/5281/demoiselle.jpg[/img:5d0f066dab][/URL]

[URL=http://img695.imageshack.us/i/demoiselle3.jpg/][img:5d0f066dab]http://img695.imageshack.us/img695/913/demoiselle3.jpg[/img:5d0f066dab][/URL]
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Fernando Huppes
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Mensagem por Fernando Huppes »

Cara está maravilhoso!!!
Estou curioso para ver como vão ficar as rodas!!!:D
Um abração...
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Pedro Prado
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Mensagem por Pedro Prado »

[b:2bce91e3b5]Curiosidades[/b:2bce91e3b5] - Roland Garros em sua Demoiselle em 1910

[URL=http://img25.imageshack.us/i/roland1910.jpg/][img:2bce91e3b5]http://img25.imageshack.us/img25/6759/roland1910.jpg[/img:2bce91e3b5][/URL]

O Torneio de tênis Roland-Garros realizado em Paris, tem seu nome em homenagem a Roland Garros, jogador de tênis francês e pioneiro da aviação.

Garros iniciou sua carreira de piloto em 1909, pilotando uma Demoiselle.

No Brasil teve uma breve passagem onde ensinou pilotagem em São Paulo. Em 9 de Março de 1912, juntamente com Eduardo Pacheco Chaves, cada qual pilotando seu próprio avião, realizou a primeira viagem aérea São Paulo-Santos-São Paulo. Na ocasião o governo do estado oferecia um prêmio de 30 mil réis ao primeiro piloto que conseguisse esta façanha. Antes da partida a aeronave de Roland Garros apresentou defeito. Mesmo sendo seu competidor, Eduardo Pacheco Chaves ajudou-o a repará-la.

Em 1911 a Queen Aviation Company Limited, de Nova York, uma empresa de demonstrações aéreas veio ao Rio de Janeiro com seis aviões Blériot, um Nieuport e uma Demoiselle e diversos ases da aviação francesa entre os quais Roland Garros. No Rio, Garros levou para a voar pela primeira vez Ricardo Kirk, que depois se tornaria o primeiro piloto brasileiro.

O conflito de 1914-1918 transformou-o em piloto de guerra: ele obteve cinco vitórias, sendo por isso tido como um ás da aviação
No fim de 1914, participou do aperfeiçoamento dos tiros de metralhadora através das hélices. Abatido pelos alemães, foi feito prisioneiro. Na tentativa de ocultar a nova arma do inimigo tentou destruir seu avião antes de ser capturado, porém não conseguiu: seu sistema foi então estudado e aperfeiçoado por Anthony Fokker.
Conseguindo fugir, retomou seu posto na esquadrilha, mas foi morto durante um combate aéreo em 5 de outubro de 1918, sobre as Ardenas, perto de Vouziers, onde ele foi sepultado. (Wikipédia)

Abs. Pedro
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Pedro Prado
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Mensagem por Pedro Prado »

A Demoiselle, também conhecida como Libéllule (a tradução de “demoiselle’ é senhorita, mas a libélula também é chamada de demoiselle), foi o melhor modelo de avião criado pelo aviador brasileiro Santos Dumont. O primeiro modelo voou em 1907, sendo desenvolvido até 1909. As Demoiselles foram os menores e mais baratos aviões de sua época. A intenção de Santos Dumont era que essas aeronaves fossem fabricadas em larga escala e com isso popularizar a aviação. Como o inventor disponibilizava os planos a quem se interessasse, Demoiselles foram fabricadas por diferentes oficinas.

Foi em novembro de 1907 que o inventor brasileiro Alberto Santos Dumont concebeu a Demoiselle, uma avioneta de apenas 56 quilogramas, considerada o primeiro ultraleve do mundo. Com esse aparelho ele fez vôos de menos de 200 metros em Saint-Cyr (Paris, França).

Santos Dumont construiu ao todo nove Demoiselles. A Demoiselle II é de dezembro de 1907, e se caracterizava por possuir duas hélices de seda em armação de alumínio. Devido a problemas com a corrente que ligava as hélices, a aeronave nunca voou.

[URL=http://img205.imageshack.us/i/57demoiselle.gif/][img:f45f28b626]http://img205.imageshack.us/img205/9761/57demoiselle.gif[/img:f45f28b626][/URL]

A Demoiselle III, terminada em novembro de 1908, caracterizou-se por possuir um motor Antoinette de 25 cavalos-vapor ligado a um sistema de correias que acionava uma hélice de seda. Várias tentativas de vôo com a Demoiselle III foram feitas por Santos Dumont no dia 17 desse mês em Saint-Cyr, mas o aparelho não logrou decolar.

Só em 1909 Santos Dumont produziu um avião capaz de voar quilômetros, a Demoiselle IV, com motor Dutheil-Chalmers de 18 cavalos-vapor e asas arqueadas, que produziam bastante sustentação. No primeiro teste, feito no dia 9 de março, o ultraleve caiu logo após a decolagem e ficou com uma das rodas despedaçada, mas o aeronauta não se feriu. No dia 8 de abril, com a aeronave já reparada, ele realizou um vôo de 2.500 metros a 20 de altura. A Demoiselle V, que voou no dia 28 de junho, resultou de simplificações desse aparelho.

Em setembro Santos Dumont adaptou à avioneta um motor Darracq de 30 cavalos-vapor e enrolou os tubos do radiador em torno das asas, criando a Demoiselle VI. Foi nesse aparelho que ele fez os seus mais duradouros e extraordinários vôos em avião. No dia 13 daquele mês voou em 5 minutos os 8 quilômetros que separam Saint-Cyr de Buc, numa média de 96 km/h, velocidade inédita para um veículo aéreo. No dia consecutivo fez o vôo em caminho inverso, levando dessa vez 12 minutos em razão do vento contrário. No dia 15, em Saint-Cyr, quebrou o recorde mundial de saída, com uma decolagem de 70 metros, cronometrada em 6,25 segundos.[4] No dia 16 bateu o próprio recorde, decolando em 60 metros, e aproveitou a bela saída para fazer um vôo de 10 minutos e 27 segundos. Pouco depois se elevou novamente, carregando agora um peso morto de 20 quilogramas. O peso, ao contrário do que se esperava, não atrapalhou as manobras, e ao ser solto perante um público entusiasmado de cerca de três mil pessoas, causou tensão entre os espectadores, que temeram ver a delicada avioneta capotar em pleno ar. O aparelho, porém, prosseguiu a sua trajetória com perfeita harmonia e graça, aterrissando 2 minutos mais tarde perto do hangar de Saint-Cyr. No dia 17 o aviador partiu de Saint-Cyr duas vezes na Demoiselle VI, às 15h e às 17h30min, quando tomou a direção de Rambouillet. 18 quilômetros e 16 minutos depois pousou em Wideville, no Castelo d’Aion, pertencente ao Conde de Galard, onde foi acolhido e convidado a jantar e a dormir. Na manhã do dia 18 o avião foi desmontado por três mecânicos de Dumont e levado num carro de volta ao hangar.
A remontagem durou 50 minutos, sendo assistida por várias pessoas. Às 17h, porém, um terrível temporal teve início. Houve debandada. Já os que corajosamente aguardaram o término do aguaceiro foram recompensados com uma sensacional exibição aérea de Santos Dumont: tomando emprestado o lenço de um jornalista, o aviador montou na Demoiselle VI e decolou. Com os braços erguidos e segurando um lenço em cada mão (um dele próprio e o outro do jornalista), sobrevoou o público presente. Seus dedos então se abriram, e os lenços caíram suavemente ao chão. O jornalista recolheu o seu, enquanto que o de Santos Dumont foi avidamente repartido entre os mecânicos, a Condessa D’Eu, espectadora assídua das experiências do inventor, e alguns amigos.
Conquanto o dia 19 fosse um domingo, Santos Dumont não descansou. Diante de mais de cinco mil parisienses vindos a Saint-Cyr certos de assistirem a belos vôos, o aviador fez duas demonstrações, uma de 8 minutos e outra de 3, quando o carburador da avioneta começou a falhar e ele julgou prudente parar as exibições. Teve tempo, porém, de repetir a proeza do dia anterior, largando os comandos e mantendo os braços afastados por boa parte do vôo.

A Demoiselle VII não voou. Capotou no dia 23 de novembro de 1909 em Issy-les-Moulineaux, ao tentar decolar com motor Clément-Bayard de 40 cavalos-vapor. Em 4 de janeiro de 1910, o aviador sofreu outro acidente: no vôo de estréia da Demoiselle VIII, uma das asas se rompeu, e o avião caiu de 30 metros de altura. Santos Dumont surpreendentemente não teve mais que um machucado na cabeça, mas o episódio marcou o fim de sua carreira aeronáutica como piloto.

Em 1913 ele chegou a esboçar um retorno ao campo de provas, encomendando aos construtores Morane e Saulnier uma Demoiselle nova, muito mais sólida e robusta que as precedentes, com motor de 50 cavalos-vapor; não se tem notícia, porém, de que ele haja feito vôos nesse aparelho.
(Wikipédia)


Neste texto da Wikipédia o autor dá números aos Demoiselles, mas Santos Dumont enumerava suas aeronaves da seguinte maneira:

Do no. 1 ao no. 14 eram balões, o primeiro avião foi o no.14bis, que chegou a ser pendurado no balão no. 14 para testes, (daí o nome 14bis, era uma dupla, balão mais avião). Com exceções dos numeros 11, que foi um aeroplano não completado e do 12 que foi um helicóptero também não completado.
O no. 15 foi um aeroplano (não sei se voou, era um misto de 14bis com Demoiselle, o no.16 era um híbrido de balão com avião, o no.17 outro avião e o no. 18 um hidroplano.
Então, os números 19 e 20 eram Demoiselles, o 19 aquele mais leve com 3 rodinhas na frente e um só bambu, e o 20 (3 bambus) que S=D deixou publicar na Popular Mechanics, que é o que eu estou fazendo e foi fabricado por várias fabricas e particulares, dizem que mais de 200 ao redor do mundo.
Tiveram também os no. 21 e no. 22 que eram variações do no. 20.
Estas informações tirei do livro publicado por Guto Lacaz e Adélia Borges, “SANTOS = DUMONT, designer”.

No. 19
[URL=http://img7.imageshack.us/i/494083756d8f7a7a722.jpg/][img:f45f28b626]http://img7.imageshack.us/img7/7929/494083756d8f7a7a722.jpg[/img:f45f28b626][/URL]

No.20 (ou no. 21 ou no. 22?)
[URL=http://img7.imageshack.us/i/183016297363bdf13b8.jpg/][img:f45f28b626]http://img7.imageshack.us/img7/5059/183016297363bdf13b8.jpg[/img:f45f28b626][/URL]
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Mensagem por marinho »

Só pra adicionar um pouquinho:

A Demoiselle pilotada por Roland Garros, é o mesmo avião fabricado por S=D. Ele o vendeu a Garros quando se retirou de Paris para tratar da saúde. Garros, adicionou os esquis dianteiros e corrigiu o crítico centro de gravidade da aeronave além de algumas outras alterações que agora não me recordo!
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Mensagem por alexcmag »

Depois de ler este tópico inteiro, usando uma velha premissa premissa de Sherlock Holmes (contemporâneo de Santos Dumont), "Se você eliminar o impossível, o que sobrou ainda que improvável, deve ser verdade", e pensar que se achar bambu "na escala" já é difícil, fazer nervura treliçada beira o impossível, a conclusões improváveis, mas que uma delas deve ser verdadeira, são:

1) Não é um modelo escala, é um avião 1:1 e ele tirou as fotos do alto, por isto ele conseguiu achar os componentes na escala para fazer o avião. Os objetos que aparecem nas fotos são ampliados digitalmente e aplicados em uma imagem com fundo azul
2) As imagens são geradas por computador (por isto tudo é muito liso e sem rebarbas)
3) Ele conseguiu acesso à máquina de encolher do filme "Monstros vs Alienígenas"
4) Ele é na verdade um relojoeiro suíço, não um aeromodelista, e está fazendo este modelo apenas para promover um novo modelo de relógio de pulso. O vídeo em stop-motion será postado no YouTube e será feita uma campanha de marketing viral para divulgá-lo e atrair vendas para o novo relógio.
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Mensagem por Pedro Prado »

[quote:2dcb9eacb4="marinho"]Só pra adicionar um pouquinho:

A Demoiselle pilotada por Roland Garros, é o mesmo avião fabricado por S=D. Ele o vendeu a Garros quando se retirou de Paris para tratar da saúde. Garros, adicionou os esquis dianteiros e corrigiu o crítico centro de gravidade da aeronave além de algumas outras alterações que agora não me recordo![/quote:2dcb9eacb4]

Oi Marinho, tudo bem? Valeu! Obrigado por suas observações, por favor, coloque mais sobre S=D e suas Demoiselles, me ajuda aqui! Abs. Pedro
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Mensagem por Pedro Prado »

[quote:53035b848a="alexcmag"]Depois de ler este tópico inteiro, usando uma velha premissa premissa de Sherlock Holmes (contemporâneo de Santos Dumont), "Se você eliminar o impossível, o que sobrou ainda que improvável, deve ser verdade", e pensar que se achar bambu "na escala" já é difícil, fazer nervura treliçada beira o impossível, a conclusões improváveis, mas que uma delas deve ser verdadeira, são:

1) Não é um modelo escala, é um avião 1:1 e ele tirou as fotos do alto, por isto ele conseguiu achar os componentes na escala para fazer o avião. Os objetos que aparecem nas fotos são ampliados digitalmente e aplicados em uma imagem com fundo azul
2) As imagens são geradas por computador (por isto tudo é muito liso e sem rebarbas)
3) Ele conseguiu acesso à máquina de encolher do filme "Monstros vs Alienígenas"
4) Ele é na verdade um relojoeiro suíço, não um aeromodelista, e está fazendo este modelo apenas para promover um novo modelo de relógio de pulso. O vídeo em stop-motion será postado no YouTube e será feita uma campanha de marketing viral para divulgá-lo e atrair vendas para o novo relógio.[/quote:53035b848a]

Hahahahahaha! Nota dez em criatividade! Acho que nem Sherlock Holmes seria capaz de tanta imaginação. Valeu! :lol: :lol: :lol: :lol: Abs. Pedro
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