e-voo

COLANDO OS ELEVONS :

Elevon é o nome do aileron mixado com profundor. Então aquelas quatro peças sem número fazem, aos pares, cada elevon. Grude com cola quente as duas metades e faça um chanfro como no desenho do perfil abaixo – chanfro de baixo para cima (e não como estamos acostumados, cima para baixo).

Usamos como dobradiça a própria fita adesiva, naquele famoso método : Coloque o elevon em posição com 45 graus para baixo, e cole a fita em cima. Depois faz o contrário, rebata o elevon sobre a asa (em cima), e cole a fita acompanhando todas as dobras em baixo.


Fiz o desenho para ilustrar a dobradiça do elevon em vermelho :

LEME

Dexe um espaço entre as peças 2 e 3 para caber o leme – um pequeno vão.
Alguns preferem colocar dois reforços de cada lado – junto da base – com uma balsa de 6 x 6 mm.
Cole com cola quente.


SERVOS

Normalmente cavo o espaço para os servos de cima para baixo, até atingir a espessura do servo, quando paro de escavar.
Fazendo um espaço com o desenho do servo não é necessário muita cola, aliás não uso nada, basta uma fita por cima e ele fica muito bem estabilizado. O problema de colar é que quando quebrar o servo você irá destruir muito a asa para conseguir arrancá-lo do lugar.
Para manter o CG o projetista recomenda colocar os servos bem no local do CG que é a 210 mm do nariz.

BATERIAS E RECEIVER

Deixe a bateria para o final. Prenda a bateria temporariamente com fita, e verifique se já conseguiu o CG correto. Senão, vá avançando ela até conseguir. Se mesmo assim não der, fixe-a num local bem acomodado, e parta para chumbo até conseguir o CG. O maluco do site do Pibros sugere uma bateria de 270mAh. Bom aí vai do gosto do freguês.
Para o receiver não tem nenhum segredo, coloque onde ele couber e o fio alcançar. Deixe o fio da antena solto para fora, por enquanto.

Eu adoro usar um botão on/off – mas isto adiciona peso. Odeio ficar puxando o plug do receiver, acho que judia muito.

Bom, fica faltando os push-rods – arames entre o servo e o elevon.
Vale a criatividade. Um arame vai bem neste caso, mas os puristas vão usar aço. Só não use coisas pesadas como aquelas travas de glow – de latão com parafuso – pois definitivamente isto não é necessário. Lembre-se planador não vibra como glow, é tranqüilo.

A sugesão é a dobra em “Z” para fixar, vai muito bem. Eu uso este esquema do desenho :

Faz um “Z” no servo, faz um “V” para ajustes em campo, e lá no elevon, faço apenas um “L”, e travo ele com um pedaço de fita adesiva enrolado. Nunca tive problemas.

Quito, vou dar uma contribuição.

[b:391b9c9173]Ajuste mecanico da amplitude de comando[/b:391b9c9173]

[i:391b9c9173]Maior alavanca no braço do servo ou menor alavanca no horn da superfície:[/i:391b9c9173]- Aumenta o comando/deflexão da superfície;
- Aumenta a força/consumo q o servo faz para movimentar a superfície;
- e por isso, Aumenta a chance do servo quebrar numa pancada;
- Diminui a precisão de comando e trimagem;

[i:391b9c9173]Menor alavanca no braço do servo ou maior alavanca no horn da superfície:[/i:391b9c9173]
- Diminui o comando/deflexão da superfície;
- Diminui a força/consumo q o servo faz para movimentar a superfície;
- e por isso, Diminui a chance do servo quebrar numa pancada;
- Aumenta a precisão de comando e trimagem;

Obrigado Yamin,

Vou ilustrar com o desenho para ver se fica mais claro.
Acho assim, melhor o novato não botar minhoca na cabeça com este tema, neste momento.
Preocupe-se em fazer caprichado, e conseguir voar.
Só não use a última configuração abaixo, que é realmente problemática. Ela gera muito comando, e deixa o servo vulnerável. Muito comando nunca foi bom.

Eu sugiro aquela indicada - "assim tá bom !!" que digamos, assim, serve para 99,9% dos casos.

Bom, resta lançar esta "tabuinha"... Odeio avião sem "pega".
Tem gente com "mão de sapo" que pega pelo nariz e consegue lançar bem fácil este Pibros.
Mas eu tenho particular dificuldade em fazê-lo.
Por isto, coloco uma lâmina em baixo para conseguir pegar, mais ou menos assim. como no desenho. Coloquei a vista de frente.
Faço com um pedaço de "pasta", plástico corrugado é o nome técnico. Aquela pasta de plástico porta-documentos, que tem uma estrutura de quadradinhos.
Corte um filete, fixe com cola quente. Faça do tamanho menor possível, somente o sufiente para segurar e lançar.
São 1 ou 2 centímetros de altura. E a posíção é bem no CG.

Vou falar um pouco sobre o "lançamento" do planador.
Como surgiram alguns questionamentos no fórum, analisemos os tipos de possibilidades de lançamentos :

1. COM A MÃO :
Vem do inglês "C'mon", como tudo do inglês, é o mais simples e fácil...(brincadeira, tá?)

Normalmente usamos assim para o vôo de colina. É o jeito mais fácil, tranquilo, fisiológico que pode existir.
O único segredo é sempre segurar o modelo na altura do CG, ou mesmo no nariz, mas nunca segurar atrás.

2. HI-START :
Este já começa a complicar. Exige habilidade, prática, senso crítico, rapidez de comandos, e um bom modelo que aguente a puxada.

O hi-start é aquela borracha+nylon que usamos para lançar em terreno plano, modelos termais. A borracha lança com uma certa violência o modelo para cima e ao final vc tem que ter habilidade para "desengatar" o modelo do gancho, fazendo uma manobra de "picar" e "cabrar".

Não existe fórmula secreta.
É mais-ou-menos : 10metros de borracha e 30 metros de nylon. A borracha é presa na estaca, depois vem o nylon, e na ponta uma argola de chaveiro. É recomendável uma fita grossa colorida próximo da argola, para facilitar a localização.
Borracha = tripa de mico (garrote), normalmente de 5mm de diâmetro.

Para competição sim, existem tamanhos controlados.

A posição do gancho no planador é de extrema importância : O correto é o gancho bem no CG do modelo, porém se o piloto não for experiente isto não é aconselhável. Melhor começar com uma posição mais para frente, ex. na altura do bordo de ataque. Também em dias de muito vento isto é aconselhável. O desenho ilustra.

3. GUINCHO ELÉTRICO :
O procedimento em sí é idêntico ao hi-start, porém o dispositivo é que é diferente. No lugar da borracha, tem um motor que puxa a linha de nylon.
O ponto chave é : Controlar a tensão no fio (com um pedal, vc acelera ou não o motor)
Claro, precisa fazer ou comprar o tal guincho, que já é bem mais caro e complicado que o hi-start.

4. HI-LAUNCH :
O Hi-launch é uma variação do Hi-start, mais utilizada na colina.
Uns dizem que não tem a menor função, mas é bastante divertido, isso eu posso garantir.
Usamos quando as condições são ruins de lift, ou quando o modelo é bastante pesado para lançar com a mão.
Diferenças :
- Não tem nylon, é somente a borracha.
- O gancho é colocado no nariz, e não próximo do CG.

Princípio de funcionamento : O modelo é lançado com velocidade ABSURDA para frente, ganhando altura (mas nem tanto).
Não precisa fazer manobra ao final, ele desengata indo para frente mesmo !
É bem mais fácil que o Hi-start.

5. REBOQUE COM OUTRO AVIÃO R/C :
Este com certeza é o que exige mais recursos, listados :
- Planador com gancho com servo, no nariz, com aileron;
- Avião com motor de sobra ! Normalmente usamos um glow;
- O avião também tem que ter gancho com servo, sobre a asa;
- Piloto do planador com sangue frio, experiente;
- Piloto do avião com mais sangue frio ainda.
Porque tudo isto ?
O principal problema é que ambos modelos estão comprometidos um com o outro. Um pode sempre derrubar o outro, caso alguma coisa dê errado.
Principal problema : Desengate não funciona. Consequência : Ambos caem.

É mais-ou-menos assim :
Engata os dois, os dois no solo (planador com rodinha), o planador é segurado enquanto o avião acelera.
Estando motor a pino, solta o planador e reza.
A melhor estratégia é seguir em vôo reto e para cima de uma vez.
Fazer curvas exige muuuuita habilidade.
Lá em cima, quando a situação ficar insustentável (é bastante comum acontecerem coisas bem esquisitas em vôo), então o planador desengata.
Com bastante treino, isto melhora um pouco.

Vou tentar fazer um "passo-a-passo" virtual de um projeto que achei muito adequado para principiantes :

O WindLordBR.
http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=21078&highlight=windlord

Windlord é um projeto dos anos 80, Americano.
http://www.rcgroups.com/forums/showthread.php?t=578473&page=5

O "BR" é uma versão que eu fiz, em isopor, simplificada, abrasileirada.

Videos do BR :
http://www.youtube.com/watch?v=HXOl98EPNxM
http://www.youtube.com/watch?v=lOdwt-Huliw

Ficha técnica :
Env : 1500mm
Cméd : 320mm
Peso : 500g
Perfil : EMX07
Controles : Leme e profundor.

Aí vão algumas imagens referenciais.
As três vistas estão proporcionais.
Se alguém quiser o arquivo é AutoCad.

O perfil é o EMX07.
Mas pode ser també um Zagi, ou um JW, sem problemas.

Tem um erro né ? Comecei desenhando a asa com corda de 300mm, mas no final usei 320mm... Não faz diferença. O CG já estava correto, a 63mm do Bordo de Ataque.

Eu começo a construção com a ASA.
Esta asa é fácil porque se corta em 4 PEÇAS.
Como as peças têm corda constante, e são pequenas, elas saem praticamente perfeitas, é bem fácil.
Usei ISOPOR densidade P3 (aprox. 30kg/m3).

Problema : O Bordo de fuga, num corte com fio quente, nunca vai terminar no zero - como este perfil - então ele termina com uns 3~4mm, e depois você deve tirar na lixa (na mão). Mas é bem fácil, nada mais que 10 minutos.

Para quem nunca cortou o isopor - uma forma (sugerida) é usar dois gabaritos do perfil feitos de :
- Chapa de offset, compensado 1mm, compensado 2mm - MUITO BEM LIXADO, SEM NENHUMA REBARBA.

O gabarito não é exatamente igual ao perfil, uma vez que deve ter estas pontas - em vermelho no desenho - para evitar que o fio caia no final, cortando o bordo de fuga erradamente. É um pequeno alongamento de aprox. 1 polegada (2,5cm) de cada lado.