A asa secreta de Hitler - Trem de pouso novo para a festa

Aqui colocamos as fotos da construção de nossos modelos.
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eashiuchi
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Mensagem por eashiuchi »

Gente, não estou dizendo que o problema vai ser maior do que num monomotor, pelo contrário, é menor, mas as causas não envolvem nenhum tipo de cancelamento de torques.
Não precisa entender de física para isso, eu já traduzi as equações e esquemas, mas posso até fazer um desenho se precisar.

Repetindo mais uma vez,

Um bimotor tem momento de inércia maior, os próprios motores excêntricos são como deslocamentos de massa para fora do eixo de simetria. Só por causa disso o avião já fica mais difícil de rolar.
As hélices de um bimotor são geralmente menores que de um monomotor de tamanho semelhante, menos empuxo é necessário.
Só estou dizendo que o efeito existe, embora pequeno, qualquer trimadinha corrige, e se quiser ser mais criterioso coloca o motor da direita coisa de 0,5º para baixo e o da esquerda para cima desse mesmo valor.

Para evocar um princípio físico para explicar alguma coisa é preciso cuidado, já expliquei de maneira simples e fácil de entender. Vocês querem que eu coloque aqui esquemas e fórmulas?

[quote:917b1b02a8="Pedro Prado"]Falando aqui como leigo acho que o Gilberto tem um ponto, se imaginarmos dois aviões monomotores se encostando de ponta de asa, a ponta da asa de um que estaria levantando, teria a ponta da asa do outro por cima querendo abaixar e assim como os dois aviões como tem a mesma força, as asa iriam ficar paradas, a força de uma compensa a força da outra. É... acho que o Gilberto está certo, mas acho que o Eashiuchi também deve saber do que está falando.[/quote:917b1b02a8]

Vamos lá, usando meu próprio exemplo mais expandido.

Use a imaginação, a física recorre aos modelos mentais para compreensão dos fenômenos.
Imagine dois aviões reais monomotores (não RC) trimados e sem tendências.

Vamos agora substituir fenômenos físicos por comandos propositais de seus pilotos.

Os dois aviões tocam as pontas das asas em voo propositalmente.
O avião da direita está por cima.
Para manter um contato firme uma força será necessária entre as asas que se tocam.
O avião da direita que toca a asa do outro por cima deve rolar para a esquerda (Isso simula o contra torque do motor).
O avião da esquerda que toca a asa do outro por baixo deve rolar para a esquerda também tentando fazer subir a asa direita. (Isso também simula o contra torque do motor)
Repare que os comandos de rolagem terão que ser para o mesmo sentido, o manche deve ser colocado para esquerda em ambos.

Ambos querem manter um voo nivelado.
Para isso precisam fazer algumas correções.
Como nenhum dos dois é um ponto de apoio, o avião da direita que está por cima vai ter que picar um pouco, senão vai ser empurrado pra cima.
O avião da esquerda que está por baixo vai ter que cabrar, senão vai ser empurrado para baixo. Dai vem a força de contato entre eles.

Isso tudo acontece ao mesmo tempo.
A correção de picar no avião da direita e cabrar no avião da esquerda corrige a tendência de ambos juntos rolarem para esquerda.
Repetindo, [b:917b1b02a8]rolarem juntos para esquerda, ou melhor, sentido anti-horário[/b:917b1b02a8].
Nenhum dos dois é ponto de apoio fixo, não se aplica aqui um torque de alavanca.

Vamos voltar agora, imagine que as ações dos pilotos representavam os efeitos físicos.
O torque reverso faz cada avião girar no sentido anti-horário naturalmente, quem pindurou um shock sabe disso.
Parafuse as asas centrais impedindo que girem entre si, os efeitos de torque ainda permanecem atuando como era de se esperar, como se os pilotos teimassem em dar os comandos, mesmo depois que as asas fossem aparafusadas.

Se nenhuma correção fosse feita (trimagem) , o conjunto iria girar lentamente no sentido anti-horário.
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eashiuchi
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Mensagem por eashiuchi »

Agora com um desenho.

[b:a5a6aace2f]F[/b:a5a6aace2f] subscrito [b:a5a6aace2f]de[/b:a5a6aace2f] é a força que o avião da direita exerce sobre o avião da esquerda.
[b:a5a6aace2f]F[/b:a5a6aace2f] subscrito [b:a5a6aace2f]ed[/b:a5a6aace2f] é a força que o avião da esquerda exerce sobre o avião da direita.

Quanto maior for a força de contato entre as asas, mais o avião da direita vai subir e o da esquerda vai descer, ou seja, o conjunto tende a girar todo no sentido anti-horário.

[img:a5a6aace2f]http://img218.imageshack.us/img218/1275/torquebimotores.jpg[/img:a5a6aace2f]

Isso deve ser suficiente...
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Gilberto
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Mensagem por Gilberto »

Eashiuchi, entendi o seu raciocínio e não tenho porque discordar, talvez a diferença seja que eu raciocinei (usando o seu exemplo) com monomotores não trimados e com tendência de rolar pelo torque, onde a minha conclusão foi que haveria uma autotrimagem recíproca.

O que importa é o que você citou, a tendência de rolar é ainda menor, portanto não há porque se preocupar em usar hélices contrarotativas em multimotores.
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eashiuchi
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Mensagem por eashiuchi »

Gilberto,

Justamente isso que está errado, não haveria essa auto trimagem, nem cancelamento de torques. Sinceramente, não tem nem como discordar, eu expliquei inclusive o porque de você se confundir.
No exemplo que eu dei do acoplamento de monomotores, teu raciocínio só funciona se as fuselagens estiverem presas, mas com liberdade de girar.

Novamente, evocar princípios físicos precisa de cuidado, em teoria importa e muito.
A gente deve estabelecer as relações de causa e efeito.
O efeito é pequeno, mas a causa da diminuição que estava mal explicada.

Para contribuir na prática.
Existe outra consequencia em colocar os motores para longe da fuselagem, no caso dos elétricos então é mais forte, devido à massa reduzida da fuselagem.
Como o momento de inércia aumenta, o avião fica mais difícil de rolar, eu aumentaria as superfícies de aileron para ter mais resposta de comandos.
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Marco Antonio
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Mensagem por Marco Antonio »

Eashiuchi...

Se seguir o conselho que eu te enviei por MP vai lucrar mais.

Mitos e mistérios estão tão enraizados que o cara não desiste, ele tem que encontrar uma explicação para o que ele acha que é certo, e bastou alguém lá atras dizer uma coisa e pronto... são horas de explicações que não vão adiantar nada. O cara que perguntou se o trava rosca em contato com a alumínio faria derreter o plástico é um exemplo, ele quer por que quer encontrar uma explicação porque o mickey disse que acontece. tá bom então.. é alquimia!

Não adianta.. eles vão dizer que você está errado e pronto.

Quando eu vi essa parte do tópico e você sofrendo pra desmistificar eu logo vi que era perda de tempo.

Um amigo nosso já resolveu tudo isso de uma forma simples.


... Eppur si muove!
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Gilberto
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Mensagem por Gilberto »

Desculpe-me Marco, não considero o meu debate uma perda de tempo pois admito que aprendi com o Eashiuchi e não o contestei, apenas expus por onde foi o meu raciocínio. Se estava errado, tudo bem, agora entendo o certo e já me corrigi, não baterei mais nessa tecla. O ponto que no final acredito que foi útil, é que também fica esclarecido para todos, que não há motivos para a preocupação inicial que era usar ou não hélices de passo contrário em um multimotor.
Se eu tive proveito creio que muitos outros que não se manifestaram também tiveram, por isso acho válido que quem tem conhecimento se manifeste e tenha paciência em fazê-lo.
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Pedro Prado
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Mensagem por Pedro Prado »

Vou jogar mais gasolina na fogueira... (como é bom, fazer isso!!!)

Para complicar ainda mais... vocês estão esquecendo do “propeller slipstream ou propwash” e também do “p-factor ou asymmetric propellor trust”, figuras 2 e 3.

Ahhh...HÁ!

E agora?

\ :D / Pedro

[URL=http://img716.imageshack.us/i/revista01.jpg/][img:b905c3b43a]http://img716.imageshack.us/img716/4741/revista01.jpg[/img:b905c3b43a][/URL]

[URL=http://img593.imageshack.us/i/revista02.jpg/][img:b905c3b43a]http://img593.imageshack.us/img593/8329/revista02.jpg[/img:b905c3b43a][/URL]

[URL=http://img407.imageshack.us/i/revista03.jpg/][img:b905c3b43a]http://img407.imageshack.us/img407/6710/revista03.jpg[/img:b905c3b43a][/URL]

[URL=http://img703.imageshack.us/i/revista04.jpg/][img:b905c3b43a]http://img703.imageshack.us/img703/6537/revista04.jpg[/img:b905c3b43a][/URL]
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Marco Antonio
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Mensagem por Marco Antonio »

.... um dia eu disse e vou repetir. O que sei me basta e vou ficar com o conhecimento pra mim.
Outro dia no Ibira veio um com um biplano e ele, o biplano, estava com um peso tamanho de cauda que ao colocar no ponto de CG ele "caia" pra tras.. a rodinha dizendo que tudo bem, voa assim mesmo e eu dizendo que nariz de avião tem que ficar com 5°.. 8° até 10° "pra baixo" e o cara chateado porque tinha que mudar isso e aquilo pra isso acontecer. Alguém foi lá e disse: Cara ta errado, vai dar %$#*@! Não, todo mundo com peninha e dizendo que era eu o errado, depois chegavam pra mim e diziam.. é você está certo mas coitado ele fez com tanto gosto.

....então tá.

Ultimamente eu só olho, dou uma risadinha e vou pra outra.


Vou repetir, repetir porque eu sei que aqui o povo não lê direito.

Voa? Sim!

Voa bem?? Sim!!!

É absolutamente o correto?


Não!
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eashiuchi
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Mensagem por eashiuchi »

[quote:ec9c70f039="Pedro Prado"]Para complicar ainda mais... vocês estão esquecendo do “propeller slipstream ou propwash” e também do “p-factor ou asymmetric propellor trust”, figuras 2 e 3.[/quote:ec9c70f039]
Não Pedro, não esqueci.

Como diria Jack "o estripador", vamos por partes.
É natural tratar de uma coisa de cada vez.

Esse outro efeito, traduzido para empuxo assimétrico da hélice acontece em circunstâncias específicas.
Situações mais comuns:
Decolagens com trem convencional muito alto e hélice grande.
Depois que a cauda levanta na decolagem o efeito cessa ou é drasticamente diminuido.
Hover de acrobáticos: mesmo assim a velocidade de avanço da hélice no ar é baixa e pouco se sente, quem está acostumado corrige sem pensar com o leme.
CG atrasado faz a cauda cair, é o mais comum e dificulta em muito o controle.

Assim sendo, com um trem do tipo triciclo o efeito some durante a decolagem.
É melhor não mudar a incidência do motor por causa disso, pois com o CG no lugar praticamente o efeito desaparece em voo.

Agora ao ponto,

Em bimotores com trem convencional e bequilha traseira, esse efeito também se soma de cada motor, isso faria o avião guinar para a esquerda na decolagem, mas muito pouco. O piloto pode até não sentir, pois a bequilha traseira segura a trajetória no chão.
Enquanto a cauda levanta talvez jogue um pouco mais para direita, pois a bequilha descolou do chão, mas assim que alinha na posição de voo o empuxo assimétrico deve sumir.
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Marco Antonio
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Mensagem por Marco Antonio »

Seu Pedro...

Então como disse pela MP.

Se as quer preciso de alguma informação adicional.

A mega luz, se você se lembra pode ter o led do farol de 1W ou o de 3W... nos dois casos precisaria colocar uma bateria extra pois isso é 400mA ou quase 1A de consumo.

A de 1W é uma porrada e eu daria preferência a esse e uma célula de 400mA vai garantir que funcione... como pode imaginar o peso é minimo e eu posso fazer ainda um circuitinho auxiliar que corta o fornecimento pro farol quando atingir 3V.
Isso vai pesar um absurdo.. 1g

Preciso saber exatamente as medidas para.

Um farol.
Duas luzes de posicionamento.
Dois strobos.

Mas posso fazer assim...

Um Farol.
Um beacon.
Dois strobos.
Duas luzes de pocicionamento.

Vai ter que pegar comigo...
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