IV Copa Erkki Bohm de Vôo Livre - 14/11/2010 Planador CHICO

[betocastrucci]

Rebocar o Chico é muito mais dificil que rebocar um planador A1 como o Mini Cirrus que é muito mais dificil que rebocar um planador A2 como o Helios. Quanto maior melhor para rebocar, a inércia ajuda. O modelo também não ajuda, estabilizador pesado e sem perfil, asa com perfil plano-convexo, leme fixo... Mas uma coisa vale para todos, sempre sair do cabo já efetuando a curva, se sair contra o vento é estol na certa.

[Alvaro Sala]

Francisco,
O assunto peso é engraçado. Além das 4 provas no Villa, fizemos uma na Uca em janeiro de 2008 que eu ganhei com um Chico de 58g feito a partir do kit (aquele que eu fiz o tópico) e que mudei algumas partes pra ficar mais leve. No tópico da prova tem os pesos dos modelos e os tempos.
http://www.e-voo.com/forum/viewtopic.php?t=34039

Naquela época eramos mais loucos ainda e faziamos as provas com 5 voos. Tive a curiosidade de somar os meus 3 melhores e deu 118 pontos com o Chico de 58g. Na prova de domingo passado eu estava com meu Chico novo de 43g e consegui 114 pontos. Obviamente não podemos afirmar que o peso é um fator desprezível numa prova de voo livre de duração, mas com certeza posso dizer que não adianta ter um modelo super leve e não acertar o reboque.

Arrisco a chutar que qualquer aeromodelista que saiba um mínimo sobre escolher balsa e pegue o jeito do reboque de forma consiguir trazer o modelo em linha reta até a cabeça e soltar em curva a 30m de altura obtém voos de 40 segundos fácil.

Antes de modificar um Chico eu investiria mais na idéia dos Mini Gliders, o que aliás, já estou fazendo.

[Alvaro Sala]

Só pra constar:
Esta manhã o Francisco, Omar e eu estivemos no Villa. O tempo estava ótimo, com sol e sem vento mas....
Por conta da "Virada esportiva" a praça estava ocupada por várias quadras de RÚGBI, ainda bem que fizemos a prova no domingo passado.

[betocastrucci]

Alvaro,

sobre o assunto peso em voo livre, quanto mais leve melhor, sempre. Se o seu modelo da prova da UCA pesasse menos do que as 58g, teria ficado mais tempo no ar e voce teria feito mais pontos. Mas não tem como comparar momentos distintos, numa prova se voce acertar o reboque mas não a térmica, vai perder para aquele que até erra o reboque mas joga o modelo no meio da termal. Um Chico na térmica voa mais de 60 segundos fácil, na verdade sem determalizador ele vai embora mesmo.
Tudo tem o seu valor, o peso do modelo, a trimagem, a técnica de reboque e o faro do urubú. Tem que investir em todos os itens, não adianta ter um modelo super leve e bem trimado, mas só lança-lo na descendente. Uma boa técnica de reboque te permite controlar o modelo no alto até sentir o momento de soltá-lo do cabo, quando a térmica leva o modelo.

[FranciscoNeto]

Obrigado pela atenção, Ricardo. A função do tempo de corte não era a minha dúvida mas sim os 60" que foram fixados, mais que o dobro do tempo médio dos voos.
Se ele fosse baixado seria reduzido o efeito do fator térmica no resultado final mas como dizem que um dos desafios do planadorista é desenvolver a capacidade de identificação dessas correntes, fica o prêmio para os que tiveram exito nesse desenvolvimento... ou quem sabe sorte.

[betocastrucci]

Francisco,

quando estes 60" foram fixados como limite na primeira prova em 2007, ninguém tinha muita idéia dos tempos de voo do Chico, foi um chute arredondado. Nas provas de CLG que fizemos anteriormente tinhamos o mesmo limite de 60 segundos, mas os modelos voavam perto de 40 segundos sem térmicas, que acredito seja o potencial dos voos do Chico quando em condições favoráveis.

Só para exemplificar, no caso dos P-30, o limite de voo em provas internacionais é de 120 segs, um bom modelo tem que fazer ao menos 90 segundos sem ajuda de térmica. O mesmo vale para todas as categorias que participei, o limite é sempre acima do voo médio de um bom modelo, deixando para o aeromodelista detectar a atividade termal. Se fosse abaixo, bastaria ter um ótimo modelo e caprichar no lançamento, e teriamos vários empatados no primeiro lugar. Vale destacar que isso é comum ocorrer nas provas de modelos FAI e o desempate se dá em rodadas com limite de tempo crescente.

[FranciscoNeto]

[quote:484a1130cd="betocastrucci"]
... quando estes 60" foram fixados como limite na primeira prova em 2007, ninguém tinha muita idéia dos tempos de voo do Chico, foi um chute arredondado. Nas provas de CLG que fizemos anteriormente tinhamos o mesmo limite de 60 segundos, mas os modelos voavam perto de 40 segundos sem térmicas, que acredito seja o potencial dos voos do Chico quando em condições favoráveis. ...[/quote:484a1130cd]

Beto: Esclarecedor a ponto de mudar (não totalmente) minha opinião sobre o Chico. Vejo agora que o tempo limite 50% superior ao potencial do modelo não é tão exagerado quanto me pareceu de inicio, assim como esse potencial não é tão baixo como fizeram transparecer os resultados de 2009 e 2010. Esse Fusca até que não é tão ruim, parte do problema está na balsa mas esta se resolve com olhos de Sherlock e $$$, o principal está em quem senta no banco do motorista e tem que manejar reboque, trimagem e vento. Senti isso ontem na minha estréia como voo-livrista. Se não tivesse o Alvaro e o Omar ao lado acho que o meu Caça Nuvens já teria sido presenteado para o garotinho que estava ali maravilhado com o Candango e o T6 de meus tutores.
:)

[-NiHoN-]

Boa noite amigos.

Peço desculpas pela demora deste video...e confesso que não fiu muito feliz, já que perdi muito tempo tentando voar meu modelo...eheheeh...

Estão as imagens que consegui...o objetivo é mostrar a "casa cheia" com iniciantes e veteranos no aeromodelismo VL.

Se alguém quiser eu queimo um DVD e envio...

Abraços e parabéns a todos!!!

http://www.youtube.com/watch?v=uZyFYVcpOh8

[fhkawasaki]

Animaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaal Nihon!!!

Ficou muito LOKOOOOOO

[Alvaro Sala]

[quote:8eeb021482="Omar Grassetti"]

[b:8eeb021482]Erkki Bohm: o homem que mudou a cara do aeromodelismo brasileiro. [/b:8eeb021482]

Erkki Bohm e Aarne Ellila foram os aeromodelistas mais respeitados na Finlândia durante os anos que antecederam a segunda guerra.
Durante o conflito, Erkki tornou-se piloto de bombardeiro, comandando um Ilyushin II-4 e um Dornier 17. Após o termino da guerra, os dois aeromodelistas tomam rumos diferentes.
Aarne Ellila permanece na Finlândia e vence o mundial de Wakefield em 1950 – seu modelo encontra-se hoje num museu em Helsinki, o que demonstra a importância que o voo livre tem em países altamente desenvolvidos.
Em 1948 o ex combatente, condecorado como herói de guerra, decide vir para o Brasil trazendo consigo uma bagagem que mudaria o rumo do aeromodelismo brasileiro.

Nos anos 60 e 70 Santana era a meca do voo livre. Além do Erkki, lá moravam também o Walter Nutini e o Paulo Solon Ribeiro. Foi lá que o então menino Airton Senna, orientado por esse trio de ouro, deu seus primeiros passos no voo livre, construindo um Cirrus A2. Depois, o próprio Erkki me confidenciaria que ele mesmo havia costruído o estabilizador geodésico do modelo, que era uma marca de seus projetos e cuja construção decididamente não era para iniciantes.
Além de todos os ensinamentos que o Erkki nos legou, sua grande contribuição foram os projetos que fez para a Aerobras.
O Cirrus, modelo de competição Nordic A2 categoria FAI , hoje mais conhecida como F1A, o Mini Cirrus A1 e o Chico, modelo para iniciantes mas que tem todas as características de um puro sangue.

Seu projeto mais importante foi, sem dúvida, o Wakfield Faio. Em 1962 Walter Nutini venceria o Sul americano de aeromodelismo com o Faio 14W que era o décimo quarto modelo da série, sendo o W uma referência ao próprio Walter.

Esse Finlandês nascido em 1922 era um homem culto de alma elevada, amante da natureza, generoso e um excelente artista. partiu em 1997 deixando uma herança inestimável para todos aqueles que amam voar livremente.
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